Coleção que celebra o Centenário

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Assinalar aniversário com peça de Victor Mota

Victor Mota é um dos artistas convidado a celebrar os 100 anos da Gazeta das Caldas.
Foi com grande satisfação que recebeu o convite para interpretar o aniversário de uma entidade “que representa e significa muito nas Caldas”. O ceramista decidiu fazer uma escultura cerâmica que está assente em tijolos.

Segundo o autor, estes representam os alicerces e que acaba por homenagear as primeiras pessoas que iniciaram este semanário nos dias de 1925. A torre representa também o crescimento do próprio jornal que além dos assinantes e leitores que possui na região, também tem o importante papel de levar as notícias a quem está na diáspora. “Há muitos emigrantes que sabem o que se passa no território através da Gazeta das Caldas”, disse o autor que, com a sua mulher, a ceramista Helena Brito, criou a marca, o estúdio e a loja “Linhas da Terra”.

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A peça designada “Centenário” teve três possibilidades mas acabou por ser esta a escolhida por ter mais a ver com o meu tipo de trabalho”, referiu o autor acrescentando que criou esta em grés sem grandes decorações pois “o que mais importa é o que se está a celebrar”.

Na sua oficina mantém-se a prática de receber formandos que querem aprender o trabalho em cerâmica. “Há muitos estrangeiros que estão connosco há 11 anos”, disse o ceramista que coordena as aulas que decorrem durante a semana. Os alunos desenvolvem os seus projetos individuais e “nós ajudamos na concretização”. Esta é hoje uma importante fonte de rendimento da oficina deste autor, natural de Peniche mas que vive nas Caldas há várias décadas. Formou-se na cerâmica nos primeiros cursos no Cencal, tendo aprendido com mestres como Herculano Elias e Euclides Rebelo.

Os ateliers dos estrangeiros acontecem à quinta-feira. A loja “Linhas da Terra” que fica na Praça da Fruta tem sobretudo produção da própria oficina às quais se juntam apenas algumas obras de vidro de uma artista da Marinha Grande. “Temos muitos elogios dos clientes e as opiniões são sempre as melhores”, contou o ceramista que iniciou a sua carreira nos anos 90 do século passado. Na sua opinião, a cerâmica de autor vive um bom momento “como se vê nas Caldas onde há excelentes ceramistas e muito bons estúdios”.
Victor Mota considera que nas Caldas “há uma grande diversidade de trabalhos dos vários ceramistas que escolheram viver e trabalhar nesta região”.

A peça de celebração – pensada por este autor que tem realizado exposições, individuais e coletivas, em Portugal e no estrangeiro – está à venda na sede da Gazeta das Caldas e também pode ser adquirida on-line.

“Centenário” de Victor Mota custa 100 euros e só será feita uma série de uma dezena de obras.

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