
Em duas décadas de história, nunca um concerto do Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça, tinha tido tamanha afluência. Na tarde do passado dia 29 de Julho, foram cerca de mil as pessoas que ouviram a Orquestra Filarmonia das Beiras, dirigida por António Victorino d’Almeida no concerto de encerramento deste festival.
O número, apontado pela organização, traduz-se na “maior afluência de sempre num só evento na história do Cistermúsica”. Realizado no Claustro de D. Dinis, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, o concerto de encerramento foi “um espectáculo único” onde o público pôde desfrutar da boa disposição e dos dotes de comunicador do maestro mais conhecido de Portugal, que comentou as peças de Franz Schubert, Edward Elgar e dele próprio, interpretadas pela orquestra.
Mas não foi só neste concerto que se bateram recordes neste XX Cistermúsica. De acordo com a organização, mais de 4.300 espectadores marcaram presença nos concertos e espectáculos de dança que compunham o cartaz desta edição. “Tais números representam o terceiro melhor resultado total na história do Cistermúsica, tendo, contudo, os concertos da Programação Principal registado um recorde ao atingirem o melhor total de sempre desta secção que representa o cerne do festival”, referem os responsáveis. Além disso, “a Programação Principal perfez este ano a sua melhor média de assistência: 200 pessoas por concerto”, um valor que em 2011 se havia fixado nos 109.Na dança, que este ano esteve bem presente na programação do Cistermúsica, os números de espectadores também são satisfatórios. Na XX edição 1.147 pessoas assistiram aos espectáculos de dança, o que se traduz numa média de 191 entradas por evento.
A justificar o aumento de espectadores na edição deste ano do festival está não só a consolidação do evento, que se tornou já uma referência a nível nacional, mas também o facto de muitos dos espectáculos realizados terem entrada livre, possibilitada pela comparticipação por fundos comunitários. Esta foi ainda a última edição a contar com o apoio por parte da Direcção-Geral das Artes. E se este ano a programação já se ressentiu com quebras no orçamento e os procedimentos concursais necessários ao financiamento do festival já levaram a atrasos na divulgação, o futuro daquele que a organização acredita ser “um dos maiores festivais de música do país” reveste-se de incerteza.
Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt






























