
De 12 a 14 de Maio, a 10ª Festa do Cinema Italiano passou pelo CCC atraindo 241 espectadores, número semelhante ao do ano passado. O programa dos três dias incluiu sete sessões, destacando-se a variedade de filmes que estiveram em exibição.
Em “Se Dio vuole” (Eduardo Falcone), um dos filmes que contou com mais espectadores (63), foi possível acompanhar a história de Tommaso, um respeitado cirurgião que entra em crise quando o seu filho, estudante de Medicina, anuncia que quer ser padre. Esta comédia acaba por explorar a religião e a necessidade de voltarmos a ter uma relação directa e humana com a fé.
Já “Un bacio” (Ivan Controneo) transportou o público para a realidade de três jovens que vivem numa pequena cidade do norte de Itália e são finalistas de liceu. Por diferentes razões, sentem-se todos “outsiders” e rapidamente se tornam os melhores amigos, valendo-se da sua amizade para enfrentarem os insultos e hipocrisias de um mundo que não sabe entendê-los.
Do drama facilmente passamos para o terror com “Suspiria” (Dario Argento), um filme de 1997 que foi recuperado de propósito para este festival, para a animação – com uma selecção de filmes “Piccolini + Monstrinha” para os mais novos – ou para o cinema experimental e de autor, com “Il Corto”, uma sessão de curtas metragens de vários realizadores contemporâneos. Esta última contou com sete filmes, mas foi a menos popular: apenas quatro pessoas compraram bilhete.
Foram ainda exibidos os filmes “Páro Quando Quiser – Génios à Rasca” (Sydney Sibilia) e “Firenze gli Uffizi, un viaggio nel cuore del Rinascimento” (Luca Viotto).
A Festa do Cinema Italiano é o evento mais importante em Portugal dedicado à cultura italiana (inclui não só cinema, mas também música e gastronomia) e é organizado pela Associação II Sorpasso. Este ano realizou-se de 5 a 13 de Abril, pela primeira em simultâneo em cinco cidades: Lisboa, Porto, Coimbra, Almada e Setúbal. A passagem pelas Caldas da Rainha faz parte da digressão do festival, que ao todo percorre mais 14 cidades pelo país e já atravessa fronteiras, marcando presença no Brasil, Angola e Moçambique. M.B.R.






























