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O tenor Carlos Guilherme dá “vida” a Rodolfo, o poeta parisiense pobre que reside numas águas-furtadas de Paris, e que se apaixona pela costureira Mimi (Francesca Bruni). São eles o par romântico e personagens principais de “La Bohème”, a ópera de Puccini, que será apresentada na Cerca do Castelo a 19 de Agosto, pelas 21h30.
Trata-se de uma ópera em quatro actos, com texto em italiano de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no livro de Henri Murger, “Scènes de la vie de bohème”. Estreada no conceituado Teatro Régio de Turim em 1896, esta será provavelmente a ópera levada à cena mais vezes nos teatros líricos do mundo inteiro.
No passado sábado mais de 800 pessoas assistiram ao “Barbeiro de Sevilha”, de Rossini. Um número que surpreendeu até a organização, com José Parreira, administrador da Óbidos Patrimonium, a dizer que “não é comum esgotar a lotação dos espectáculos de Ópera fora dos grandes centros urbanos”. Ainda de acordo com o mesmo responsável a elevada afluência deve-se sobretudo à “subida do nível” do festival, de ano para ano, e também à sua maior promoção.
José Parreira prevê que a ópera “La Bohème” também esgote, já que está a haver uma “autêntica corrida às bilheteiras”. Também a gala de Ópera no dia 21 de Agosto “está a ser muito concorrida e a organização está a preparar uma grande operação logística para efectuar transfers de Óbidos para a Lagoa, dado que no local, o estacionamento é escasso”.
A partida dos transfers, no Posto de Turismo, terá lugar nesse dia das 19h45 às 21h15 e o regresso até à 1h30, e é destinada todos os que vão assistir à Gala de Ópera, a ter lugar no Braço do Bom Sucesso, Lagoa de Óbidos. O autocarro será operado pela Rodoviária do Tejo e terá o custo de um euro, sendo obrigatória uma inscrição prévia, a ser feita no Posto de Turismo de Óbidos.
Os bilhetes para os espectáculos (com o custo de 35 euros) estão à venda na agência ABEP (Agência de Bilhetes para Espectáculos Públicos) em Lisboa, FNAC, Posto de Turismo de Óbidos e bilheteira de sala.
Ainda no dia 19 de Agosto, pelas 18 horas, Joel Costa dará uma conferência sobre “Puccini, A Melodia das Mulheres”, no Museu Abílio de Mattos e Silva. O escritor e locutor da Antena 2 conta que, quando pela primeira assistiu a uma representação de La Bohème era ainda um inexperiente espectador de ópera. “Sei que saí do teatro (o Trindade, em Lisboa) não digo lavado em lágrimas, mas muito impressionado, muito”, revela, destacando a música mas também pelo facto de ser a primeira ópera que via que “não metia reis, príncipes, duques, condes ou barbeiros”.
