Até 26 de setembro está patente, na cidade do Nabão, uma mostra de cerâmica que inclui propostas de autores como Eduardo Constantino e Elsa Rebelo
O Complexo Cultural da Levada e a Casa Vieira Guimarães, em Tomar, acolhem, desde o início de julho, a exposição “Os Sítios do Barro II – Cerâmica de Autor”. Esta mostra inclui propostas de ceramistas contemporâneos que trabalham de norte a sul do país, e conta com propostas de autores caldenses e ligados à região.
Estão a participar na exposição Eduardo Constantino, Elsa Rebelo e ainda Heitor Figueiredo, artista de Beja que está ligado à cidade termal e ao Cencal e que está a ser homenageado nesta iniciativa.
Nesta iniciativa, onde a tradição se alia à contemporaneidade, está também presente João Pinto, ceramista que também viveu nas Caldas e que vai participar, orientando várias oficinas de raku e de demonstração de olaria contemporânea e tradicional.
Sítios do Barro II é um conceito que pode ser transposto para outras localidades. Alia o tradicional ao contemporâneo
António Diogo Rosa, um dos curadores que pertence ao grupo organizador desta mostra designada “Convergências”, revela que os nomes dos caldenses foram sugeridos pela investigadora Margarida Araújo e que agora podem ser apreciadas nesta iniciativa, apoiada pela Câmara de Tomar, patente durante o verão. A exposição alia a cerâmica a outras artes e segundo o responsável poderá ter carácter itinerante.
Segundo Elsa Rebelo, na inauguração foi declamada poesia em vários espaços da mostra e ainda houve oportunidade de participar na reconstituição do típico jogo tradicional do cântaro, com as peças de barro a passar de mão em mão. Além dos espaços interiores, a mostra apresenta esculturas cerâmicas à beira rio, chamando a atenção dos visitantes não só para o que de mais contemporâneo se produz nesta arte como para relembrar que há peças de olaria tradicional que estão a deixar de ser produzidas.
“Foi uma festa muito agradável onde se viveu a cerâmica”, disse a ceramista caldense, satisfeita em poder participar em “Sítios do Barro II”. Elsa Rebelo levou as “guerreiras, uma Ofélia e ainda algumas peças designadas como coroas de lama”, disse a autora, acrescentando que nestas últimas acrescenta pedaços de cerâmica que formam um capacete. Esses pedaços representam “os cacos da vida que temos que ter a inteligência de os por à cabeça e seguir em frente”, rematou. “Os Sítios do Barro II” pode ser vista entre as 14h00 e as 18h00 de quarta-feira a domingo até 26 de setembro. ■






























