Actualmente o quadro dos funcionários do CCC tem 12 elementos (aos quais se somam mais três colaboradores) mas, na verdade, um equipamento desta natureza precisaria, para funcionar em pleno de, pelo menos, 30 pessoas. Quem o afirma é o director do CCC, Carlos Mota, questionado pela Gazeta das Caldas sobre o Caldas Anima e as comemorações do 10º aniversário daquele equipamento que estão a decorrer este ano.
“O Caldas Anima é sobretudo um festival de animação de rua”, diz o director do CCC, explicando que o evento, que se dedica sobretudo às artes circenses, pretende ser uma afirmação da animação urbana na cidade.
A programação deste ano tem um custo de 25 mil euros e inclui 20 espectáculos que estão a decorrer sobretudo aos fins de semana, até 14 de Agosto. “Mais de metade das cidades espanholas promovem festivais deste género”, disse o responsável, acrescentando que também premeiam os melhores grupos e actuações. E é entre estes distinguidos que o programador faz as suas escolhas para os trazer às Caldas.
Carlos Mota diz que tem dificuldade em encontrar propostas portuguesas dedicadas aos espectáculos em espaço urbano.
O CCC continua a celebrar o seu 10º aniversário e para tal o município disponibilizou mais 35 mil euros que se juntam aos 200 mil do orçamento anual, a fim de permitir a realização de espectáculos mais caros. Por isso em 2017 o centro cultural tem recebido actuações que custam entre 5000 a 6000 euros. Por exemplo, Sérgio Godinho actuou no passado dia 21 de Julho e em 8 de Dezembro vai ser possível ouvir, em estreia, Paulo Gonzo.
Meio milhão de espectadores
“Em dez anos mais de meio milhão de pessoas pagaram o seu bilhete para assistir a iniciativas no CCC”, disse Carlos Mota, explicando que o equipamento teve mais de 50 mil pessoas por ano, o que equivale à população que reside no concelho.
Carlos Mota faz um balanço positivo da primeira década de actividade e salienta que no país “não é comum um espaço cultural como o nosso”, onde se produzem projectos comunitários com estreia mundial como foi o caso do trabalho conjunto entre a Companhia Vórtice Dance e os ranchos folclóricos da região.
A aposta na formação também decorre em relação à música pois “tentamos que os grupos locais possam fazer up grades e dedicar-se a áreas como a do jazz”, referiu o responsável. Os festivais daquele género musical contam com a participação de bandas filarmónicas que passam depois a incluir no seu repertório canções jazzísticas. O director acrescentou que os festivais “têm contribuído para o surgimento de novos grupos na cidade dedicados àquele género musical”.
Para Carlos Mota, o CCC vai continuar o seu trabalho de “partilha, recriação e de repensar coisas velhas que permitem ganhar bases de experimentação para coisas novas”.































