Casa Felizardo celebra 120 anos com exposição de máquinas de costura

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Gazeta das Caldas
Mário Felizardo junto a uma das máquinas de costura que vão estar em exposição

A Casa Felizardo, nas Caldas da Rainha, que se dedica à venda de máquinas de costura está a celebrar o seu 120º aniversário. Para assinalar a data, abre ao público no próximo domingo, 28 de Janeiro, pelas 16h30, no Museu do Ciclismo, uma exposição que integra 30 máquinas de costura, a mais antiga das quais data do séc. XIX. O aniversário será também assinalado com um encontro de costura solidário que tem como objectivo fazer vestidos para meninas carenciadas que vivem nos países de língua oficial portuguesa.

As máquinas de costura que vão estar em exposição no Museu do Ciclismo vão permitir ao visitante conhecer a evolução daquela ferramenta, não só a nivel mecânico como do próprio design, desde o final do século XIX até aos dias de hoje, explicou Mário Felizardo, o responsável pela Casa Felizardo, à Gazeta das Caldas.
Estas relíquias pertencem à colecção da empresa caldense, hoje gerida por Mário Felizardo, que pertence à terceira geração daquela família. “Vamos aproveitar a ocasião para assinalar também os 125 anos da marca de que somos representantes em Portugal, a Bernina”, disse o empresário caldense, acrescentando que a sua firma representa aquela marca suíça em terras lusas há 21 anos.
O empresário contou que o suíço Hanspeter Ueltschi, bisneto do fundador da marca, “vem às Caldas no próximo mês de Abril para nos ajudar a divulgar os novos equipamentos Bernina”.
Além das máquinas vão estar presentes todos os materiais que lhe são inerentes, como as respectivos carretos, canelas e carrinhos de linhas. Marcarão também presença as latas onde as costureiras habitualmente guardavam estes apetrechos.
Mário Felizardo contou que actualmente dá gosto comercializar máquinas de costura pois “há muita gente jovem que hoje quer costurar a sua própria roupa e fazem tudo, desde malas até fatos de banho”.
A venda destes equipamentos viveu dias difíceis sobretudo nos anos após a Revolução dos Cravos, altura em que as lojas de pronto a vestir remeteram a máquina de costura para as arrecadações. Nos idos anos 60 a maioria das jovens tinha uma máquina de costura no seu enxoval de casamento.
Ultimamente voltou a tendência de costurar à mão, voltando o negócio a florescer. Hoje há máquinas para todos os gostos e bem longe daquelas que se moviam à manivela e com pedal e que podem ser vistas na exposição.
Actualmente há equipamentos com software complexo, a lembrar um computador e que até bordam desenhos completos, de forma autónoma.

Um encontro de costura solidário

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No Museu do Ciclismo está previsto um encontro de costura solidário que terá lugar a 2 de Fevereiro, entre as 14h30 e as 17h30.

O workshop, de participação gratuita, é organizado pela Dress a Girl around the World – Portugal, e tem por objectivo ensinar a fazer vestidos que se destinam a raparigas carenciadas que vivem nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Trata-se de uma Organização não Governamental (ONG) americana, fundada em 2009 que quer levar a meninas de países carenciados roupa que lhes permita mais dignidade, protecção e esperança. A ONG chegou a Portugal em 2016 e em menos de um ano foram feitos 5000 vestidos, distribuídos por 10 países
“Gostamos de apoiar estas causas”, disse Mário Felizardo, explicando que os vestidos que as voluntárias vão fazer durante essa tarde serão posteriormente entregues a raparigas de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.
A exposição comemorativa, que conta com o apoio da Gazeta das Caldas, vai ficar patente no Museu do Ciclismo até ao final do mês de Fevereiro.

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