
A sua dedicação “traduz-se numa pesquisa contínua e fascinante, dele resultando vidrados e engobes de composição pessoal”, contou o autor.
O sexto autor convidado da colecção Autor/Gazeta das Caldas dedica-se à cerâmica há 24 anos. É também formador e é com frequência que abre o seu atelier de trabalho, situado no Bairro da Ponte onde se pode assistir ao seu trabalho ao vivo e até participar em workshops. O próximo workshop designa-se “Sentir o Barro e sair com uma peça”, decorrendo aos sábados e destina-se a grupos entre os cinco e os dez participantes.
E como surgiu “Aqua Mater?” A peça nasceu “ a partir de um olhar sobre a Água, que é como algo de presente em tudo”, disse o autor. As primeiras formas desta obra surgiram ainda no papel e depois ganharam dimensão “através do resistente grés e da complexa porcelana”. Para a criar, Enxuto usou técnicas de modelação e de escultura.
Para criar esta peça – referente a um dos aspectos matriciais das Caldas da Rainha – Carlos Enxuto recorreu a antigas técnicas do barrista aliando-as a técnicas de escultura contemporâneas, como aliás faz, habitualmente, no seu trabalho artístico.
Aqua Mater” pertence a uma série de 50, que são numeradas pelo autor
“Como o alquimista aplico a cor, procurando fazer a peça falar”, explicou este criador que transforma em engobes e vidrados, o pó da rocha moída que com água se mistura. E depois une-se também o fogo. Através da temperatura “que viaja entre os 850º aos 1300º, transforma os materiais que compõem a peça provocando a sua fusão através de atmosferas oxidantes, neutras e redutoras… algo de mágico”, disse.
“Aqua Mater” – obra que se refere a um aspecto matricial das Caldas da Rainha – é a sexta proposta da colecção Autor/Gazeta das Caldas, é numerada pelo autor e está à venda por 25,50 euros para assinantes da Gazeta das Caldas e 30 euros para não assinantes. Aceitam-se inscrições para a sua aquisição pelo e-mail: gazeta@gazetadascaldas.pt
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt





























