Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
O caldense Miguel Costa vai ser director de fotografia e operador de câmara na longa-metragem do maestro Vitorino D’Almeida, designada “No tempo das Bruxas”.
A rodagem do filme inicia-se no próximo dia 15 de Agosto, prolonga-se por 15 dias e decorrerá em décores naturais de exterior e interior em Vila Nova de Cerveira, Lanhelas e Moledo.
O maestro esteve nas Caldas a 16 de Julho para comentar um concerto que decorreu na ESAD e integrou a programação do Musicaldas’11.
A carreira de Miguel Costa começou no cinema de publicidade como assistente de realização. Depois passou pela televisão como realizador de informação e espectáculos, onde realizou documentários, algumas publicidade, filmes promocionais e curtas-metragens. Esteve desde sempre ligado à fotografia através de exposições e de trabalhos de publicidade.
Miguel Costa conta que o maestro Vitorino d’Almeida é amigo da sua família há várias décadas e com ele já partilhou trabalhos, interesses e projectos.
“Quando ele me convidou para ser director de fotografia da sua longa metragem “O Tempo e as Bruxas”, aceitei desde logo com enorme orgulho, mesmo antes de ler o guião”, disse. Agora que já o leu, Miguel Costa diz que é “óptimo” e que se deixou surpreender “pelos fantásticos diálogos”.
Miguel Costa, nas suas funções de director de fotografia, terá controlo total sobre a imagem do filme, “sempre com o intuito de servir o guião e as intenções do realizador para cada cena e para o tom do filme em geral”, explicou.
Será também ele o responsável pelos movimentos de câmara e escolha das objectivas para cada plano. Para tal “é necessário um bom conhecimento das inúmeras objectivas existentes para conseguir a profundidade de campo e ângulo de visão pretendidos”, disse.
Além do “Tempo e das Bruxas”, Miguel Costa está a preparar um documentário sobre o artista Ferreira da Silva e outro sobre o maestro Vitorino D´Almeida, nos quais é o responsável pelas áreas da realização e da produção. Além destes projectos pessoais, Miguel Costa é professor de Fotografia e Multimédia na ETEO.
O caldense diz que é um admirador do maestro António Vitorino D’Almeida e recorda que ele tem ligações às Caldas da Rainha pois colaborou em iniciativas do Conjunto Cénico Caldense. Iniciativas estas que foram “uma grande referência na cultura portuguesa e na luta pela democracia em Portugal”.
Há ainda nas Caldas “uma pessoa que não se pode esquecer: José de Sousa, que me mandava recados fantásticos e que escrevia nas entrelinhas nos jornais. Ele é uma figura fulcral, não só das Caldas como do país”.
