
Madalena Cunha é uma das atrizes principais de um filme sobre os grandes incêndios que tiveram lugar em 2017
“Justa” é o novo filme da realizadora Teresa Villaverde que tem como tema os grandes incêndios que tiveram lugar em 2017 em Pedrogão Grande.
O filme tem uma protagonista caldense, a jovem Madalena Cunha que interpreta a personagem “Justa,” que aliás dá nome ao filme. Este tem ante-estreia marcada para a próxima sexta-feira, 28 de novembro, às 21h30, na Cinemateca (Av. da Liberdade), em Lisboa e também será apresentado no próximo dia 10 de dezembro, às 21h00, no CCC. Nessa sessão não só vai estar presente a caldense Madalena Cunha como também a realizadora do filme Teresa Villaverde.
A caldense, agora com 13 anos, contracena neste filme com atores como Betty Faria, Alexandre Batista, Robinson Stévenin, Anabela Moreira e ainda Filomena Cautela.
A rodagem do filme decorreu entre fevereiro e março de 2023 quando esta tinha apenas nove anos, tendo dado vida a Justa, uma menina de dez anos.
“Foram dois meses de filmagens e eu contei com a ajuda dos meus pais e avós”, disse Madalena Cunha, acrescentando que este foi o seu primeiro filme.
O primeiro casting que decorreu no CCC contou com a participação de várias raparigas mas o segundo foi só com Madalena Cunha. “Fiquei super feliz quando soube que tinha sido a escolhida!”, partilhou a jovem caldense.
“Entrámos nisto na brincadeira mas a Madalena acabou por ser a selecionada”, disse Margarida Serrenho, a mãe da atriz que a acompanha neste seu trajeto pelo mundo das artes.
Segundo Madalena Cunha, a sua personagem sofre as consequências dos incêndios. “A minha personagem, a Justa, tem um passado profundo – esta experiência ajudou-me a perceber o que é um trabalho e a conhecer melhor uma nova zona do país”. A caldense protagonizou esta história com a atriz brasileira, Betty Faria e com a apresentadora que também faz cinema, Filomena Cautela.
Segundo a jovem “todos me ajudaram”, não só os colegas do elenco como a própria equipa de produção.
Algumas filmagens foram feitas à noite e acabou por ser um pouco difícil para Madalena que, durante o dia, tinha as tarefas da escola por cumprir.
“Não se aprende apenas na interpretação mas com também com as pessoas com quem trabalhamos”, disse a caldense.
Mãe e filha já viram o filme, em pré ante-estreia e Madalena Cunha gostou de se ver, apesar de hoje ser uma outra rapariga,com mais experiência no que diz respeito à representação. Gostou bastante de estar num set de filmagens e de dar vida à personagem da Justa, no entanto, também apreciou muito conviver e de partilhar estórias não só no camarim, mas também no percurso que as equipas faziam para o espaço do catering.
Madalena Cunha acha que o cinema português devia ser mais visto pois “temos atores e filmes incríveis neste país e a maioria das pessoas não os conhece”.
O ator que faz de pai da Justa também não é ator profissional. Ricardo Vidal sofreu queimaduras num acidente de viação e foi “recrutado” pela realizadora após ter dado uma entrevista num talk-show de um dos canais da televisão portuguesa. E tal como Madalena Cunha, Ricardo Vidal também vai surpreender neste filme que aborda a tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, que alastrou aos concelhos vizinhos, que vitimou 66 pessoas e que fez 254 feridos.
“Adorava ser atriz!”
A jovem caldense frequenta as aulas de formação do Teatro da Rainha e também faz parte do grupo Super Flash que se dedica ao teatro musical. Aos 13 anos, Madalena Cunha nomeia o Inglês, as Ciências Naturais e o Português como as disciplinas favoritas. “Adoraria no futuro ser atriz”, contou a jovem à Gazeta das Caldas, acrescentando que tanto aprecia as aulas de arte dramática na Rainha como as de dança no Super Flash.

































