
A Confraria do Príapo, as Faianças Bordalo Pinheiro, o Museu Bernardo, a empresa Ivo Cutelarias, o restaurante Adega do Albertino e a Pastelaria Machado foram algumas das entidades que foram apresentadas em directo pela RTP, a 18 de Julho, durante o programa “Verão Total” que ocupou o largo do Hospital Termal durante um dia inteiro.
A cidade engalanou-se para apresentar os seus doces, as faianças de Santa Catarina, a cerâmica (do Bordalo à malandrice), os vinhos, a gastronomia, a música e o ensino.
Os apresentadores Tânia Ribas de Oliveira e Francisco Mendes foram entrevistando ao longo do dia várias personalidades caldenses, ao mesmo tempo que iam também passando reportagens de locais como o museu do Hospital, a praia da Foz do Arelho, o Centro de Alto Rendimento de Badminton, o Museu José Malhoa e os Silos, entre outros.
À conversa com os dois apresentadores estiveram, entre outros, o presidente da Câmara, Fernando Costa e os autarcas Tinta Ferreira e Vasco Oliveira, bem como Daniel Pinto, director da Escola de Turismo do Oeste, e a designer Maria José Rocha.
Fernando Costa faz discurso político
A intervenção mais acalorada foi a de Fernando Costa, que aproveitou para fazer um autêntico discurso político. A tal ponto que o apresentador Francisco Mendes teve que o interromper, lembrando-lhe que aquele era um programa de entretenimento.

Questionado sobre o tema da Saúde, o autarca afirmou que “o país está à beira da falência e quando não há dinheiro tem que se cortar”. Mas queixou-se de quererem “cortar demais” em relação aos hospitais. “Não vejo com agrado a reforma que o Ministério da Saúde pretende fazer, nomeadamente no Hospital Termal”, afirmou.
Tânia Ribas de Oliveira ajudou também o edil caldense a falar sobre os impostos cobrados pela Câmara, comentando que em relação a isso “é um município muito especial”.
Fernando Costa terá agradecido interiormente esse comentário, que pareceu “encomendado”, e aproveitou para falar na situação financeira do município e da cobrança reduzida de impostos, lamentando-se de ter que abandonar a presidência da Câmara.
“Vou ser corrido agora pela secretaria porque senão continuaria cá. São sete eleições com sete maiorias absolutas, sem dívidas”, afirmou.
Ainda sobre a cobrança do imposto sobre imóveis (IMI), Fernando Costa enviou uma mensagem ao ministro das Finanças, dizendo que “a Câmara das Caldas não precisa de levar mais dinheiro às pessoas”, apelando a que a taxa seja reduzida.
Termas, Bordalo e cerâmica

Um dos temas centrais acabou também por ser o Hospital Termal, embora não tenha sido referido que este está actualmente encerrado por causa da presença da legionnela nas águas termais. Ficou, no entanto, o convite para que todos os que estavam a assistir ao programa viessem conhecer as termas caldenses.
Outro dos destaques foi a cerâmica de Bordalo Pinheiro, não só pela participação da fábrica com o seu nome, mas também pela presença de Tiago Paiva (designer industrial que criou chávenas baseadas na azulejaria bordaliana) e de Jessica Florêncio (autora de um roteiro bordaliano).
A outra cerâmica das Caldas, mais malandra, foi apresentada por Vítor Lopes Henriques. O ceramista esteve a trabalhar no local durante parte do dia e mostrou algumas das suas peças em directo, perante os risos de quem assistia ao vivo.
O mestre Ferreira da Silva também foi entrevistado, tendo explicado como nasceu a sua obra Jardim da Água.
Os caldenses estiveram também representados musicalmente, com a actuação dos Cavaquinhos das Caldas e das cantoras Fernanda Paulo e Rebeca.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
Largo calcetado mais depressa para receber programa
Depois de muitos atrasos, foi terminado o calcetamento do largo do Hospital Termal a tempo para receber o programa da RTP.
Segundo o presidente da Câmara, a obra ainda não está completamente terminada porque falta colocar os pinos e o mobiliário urbano, mas isso até foi conveniente para que o programa se pudesse realizar no local.
“Este é o local mais emblemático da cidade”, daí o tê-lo sugerido quando a Câmara foi contactada pela RTP para esta emissão.
Fernando Costa não negou que o ritmo da obra tenha “acelerado” por causa do programa e questionado sobre o atraso de outras obras da regeneração urbana, referiu que “já entrei em acção” e que pressionou o empreiteiro responsável pela maior parte das intervenções nas ruas da cidade. “Já comecei a ralhar com o empreiteiro e a pedir-lhe contas. Ou trabalha mais depressa ou não lhe pago”, disse.
Sobre o atraso na obra de construção do Centro de Promoção e Divulgação de Produtos Regionais, admitiu que a empresa responsável, Coutinho SA, está com problemas financeiros.
P.A.






























