Bordado das Caldas chega ao calçado

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Há sapatilhas com o bordado das Caldas estampado ou ainda bordadas à mão

Associação de Bordados das Caldas esteve num certame em Lagos, e está envolvida num projeto que visa a decoração de sapatilhas, malas e carteiras

E se pudéssemos ter sapatilhas, malas e carteiras, decoradas com elementos do Bordado das Caldas? A ideia surgiu da Walk with Art, uma empresa do Norte do país, que fez uma parceria com a Associação de Bordados das Caldas, que dá os primeiros passos desde a primavera.
É no site da marca “Andaver” que já é possível adquirir sapatilhas e malas estampadas com os motivos próprios do bordado caldense e que, reza a lenda, foi iniciado pela fundadora, a Rainha D. Leonor e suas aias.
Cada peça é vendida com um texto explicativo sobre a origem e um pouco da história do próprio bordado das Caldas da Rainha.
A marca e a associação têm ainda um projeto relacionado com esta parceira e que é fazer pares de sapatilhas, bordadas à mão.
“Os interessados terão de esperar o tempo necessário para uma bordadeira bordar em tela, que depois é aplicada nos pares de ténis”, disse Principelina Loução, a presidente da Associação de Bordados das Caldas. O preço do par das sapatilhas, bordadas à mão, ronda os 190€. Mas cada par é único, exclusivo e bordado por mãos experientes que conhecem bem os diferentes motivos desta arte.
Além das sapatilhas, os motivos como as volutas ou os casais de passarinhos dão nova vida a ténis, malas e carteiras feitas em pele genuína. Além do bordalo local, a Walk with Art também decora com motivos outras temáticas típicas da cultura portuguesa. Há peças feitas com pormenores de azulejaria de várias regiões, de calçada portuguesa e dos rostos de autores como Amália, Natália Correia, Florbela Espanca, Eça de Queirós e Fernando Pessoa. Entre as peças contam-se também sandálias, lenços e várias peças de bujetaria como brincos, colares, anéis e pulseiras.

Num certame doce em Lagos
A Associação esteve presente no evento “Arte Doce – Feira e Concurso”, em Lagos, de 27 a 31 de julho, a convite da autarquia local que assegurou stand e logística à representação associativa local. “O convite inicial foi feito pela Associação de Artesãos do Algarve durante a estadia da nossa associação na FIA”, disse a dirigente. “Enviámos imagens dos nosso produtos para que conhecessem o que fazemos e acabámos por ser selecionados pela autarquia”, contou Principelina Loução.
A zona do país que esteve em destaque na 33ª edição do Arte Doce foi a Estremadura e, portanto, houve várias representações desta zona do país, no que diz respeito ao artesanato e também, claro está, à doçaria.■

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