Está patente no Céu de Vidro (antiga Casa da Cultura) uma exposição do ceramista Victor Mota com peças inspiradas na biodiversidade do Parque D. Carlos I, que pode ser vista até 19 de Agosto.
Desafiado pelo seu colega e amigo Carlos Oliveira a pegar neste tema, Victor Mota recorreu ao apoio da professora Mercês Silva e Sousa para criar estas peças.
“Eu executei as peças, mas a professora ajudou-me bastante no trabalho que está aqui exposto”, adiantou o ceramista. “Gosto muito do trabalho de Bordalo Pinheiro, mas tentei não seguir o mesmo caminho. Quis inovar e a professora Mercês foi uma grande ajuda”.
A partir dos trabalhos do ceramista, Mercês Silva e Sousa elaborou uma conferência que foi apresentada na noite de inauguração da exposição, a 30 de Julho. “Ele depois de ver a minha apresentação também fez novas peças, para haver uma relação íntima entre o que ambos fizemos”, explicou a docente.
A partir da definição do que é biodiversidade, a professora realizou uma “viagem” desde as células e do DNA à apresentação das espécies existentes no parque.
Esta responsável está a coordenar uma equipa está a fazer um estudo sobre a biodiversidade do Parque D. Carlos I, que conta com a colaboração do professor António Pereira Coutinho, da Universidade de Coimbra, os investigadores César Garcia e Palmira Carvalho, do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, e do fotógrafo Daniel Rabiais.
Há um ano começaram a fazer um levantamento botânico do parque. Em 2002, a professora tinha feito um primeiro estudo em que contabilizou 64 espécies, mas actualmente esse número já foi ultrapassado em muito. “O professor António Pereira Coutinho afirma que este é o parque com maior biodiversidade do país”, revelou.
A equipa pretende editar um livro científico dentro de dois anos.






























