
As bibliotecas municipais do Oeste vão trabalhar em rede de modo a melhorar o serviço prestado aos cidadãos e a optimizar os recursos existentes. O protocolo de cooperação para a constituição desta rede intermunicipal foi assinado no passado dia 22 de Junho, na sede da OesteCIM, nas Caldas da Rainha, e o grupo de trabalho (composto pelos técnicos dos 12 municípios) já iniciou as suas funções.
Um leitor nas Caldas poderá ter acesso a um livro que se encontra nas bibliotecas de Alcobaça ou de Arruda dos Vinhos. Esta é apenas umas das iniciativas previstas pela rede de bibliotecas do Oeste que tem ainda como objectivos disponibilizar recursos e criação de serviços comuns que conduzam à promoção da identidade oestina, criar projectos de intervenção e cooperação.
Os técnicos dos 12 municípios já começaram o trabalho conjunto, que foi recentemente formalizado no protocolo de cooperação entre a OesteCIM e a Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
Na cerimónia, o director da DGLAB, Silvestre Lacerda, realçou que esta é uma das “formas mais simples” de levar por diante a reinvenção das bibliotecas e disponibilizar a sua informação ao cidadão.
O responsável referiu-se às bibliotecas públicas como “autênticas lojas do cidadão” na área da cultura, tendo em conta os serviços que prestam, e enfatizou que é importante haver um corpo técnico capaz de os dinamizar. Por outro lado, as bibliotecas têm cada vez mais utilizadores através da internet e redes sociais que não precisam de se deslocar ao local. Silvestre Lacerda deu mesmo o exemplo da Torre do Tombo, em que num ano é disponibilizado através da internet o equivalente a 60 anos de leituras em sala.
A co-existência da disponibilidade do serviço físico e digital é fundamental, de acordo com o responsável, para dar uma resposta mais eficaz e diferenciada. “A comunidade não está toda ao mesmo nível e nós vamos trabalhar com os jovens e na articulação com as escolas, assim como com os outros públicos”, explicou.
De acordo com Silvestre Lacerda nos últimos 30 anos houve um investimento de cerca de 250 milhões de euros por parte dos vários governos, que permitiram a construção de equipamentos em praticamente todo o país. Reconhece que actualmente o desafio é maior, e consiste na “reinvenção das bibliotecas e sua capacidade de adaptação para os novos tempos, assim como criação de sinergias e procura de boas práticas”.
Esta comunidade intermunicipal é das primeiras a formalizar a rede, depois de Aveiro, das Beiras e da Serra da Estrela. Em preparação estão acordos com as comunidades do Alentejo Central e Coimbra.
A rentabilização dos recursos possibilitada pela rede foi destacada pelo presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, que acredita que no futuro conseguirão levar mais gente às bibliotecas e manusear o livro em papel.
“Em escala podemos trabalhar melhor, com mais valor acrescentado e toda a gente vai beneficiar disso”, disse o responsável, acrescentando que esta é mais uma iniciativa que pretende promover a marca Oeste.






























