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A instituição está a comemorar o 100º aniversário, uma data simbólica para uma das entidades que está entre as maiores empregadoras do concelho de Alcobaça, dado que possui 124 colaboradores e mais de três mil alunos. A prioridade passa por novas instalações e na aposta na internacionalização dos eventos.
A Banda de Alcobaça completou o seu 100º aniversário a 19 de Março, mas, por causa da pandemia, os responsáveis adiaram as iniciativas de celebração para o próximo ano.
Segundo o presidente da Direcção da Banda, Rui Morais, a instituição mudou sobretudo, a partir de 2002, quando passou de uma colectividade de música tradicional para uma associação de artes que agrega várias áreas de actuação não só a nível local e regional mas também nacional, abrindo a escola de música. Actualmente a entidade possui “124 funcionários e colaboradores, 104 dos quais são professores”, explicou o dirigente à Gazeta das Caldas.
Rui Morais acrescenta que a Banda – que possui mais de três mil alunos – se estrutura em três grandes áreas: a educativa, na área da música através da Academia de Música de Alcobaça; na dança, com a Academia de Dança de Alcobaça; e na social, pois desenvolve um vasto conjunto de projectos para a comunidade e a artística.
As iniciativas mais relevantes são os festivais Cistermúsica (Festival de Música de Alcobaça), Gravíssimo (Festival/Academia de Metais Graves) e Cimca (Concurso Internacional de Música de Câmara de Alcobaça). Além do projecto da Banda Sinfónica de Alcobaça, uma grande aposta em termos artísticos.
O gestor cultural explicou que na área educativa, o principal apoio financeiro é assegurado pelo Ministério da Educação, através de contrato de patrocínio aos cursos artísticos especializados de música e dança, enquanto na vertente social, para além do financiamento também por parte do Ministério da Educação no apoio às actividades de enriquecimento curricular que ministram em vários agrupamentos, há ainda protocolos com instituições sociais, que permitem o funcionamento de vários cursos e projectos.
Na vertente artística, a Banda de Alcobaça tem contado, principalmente, com o apoio quer do Ministério da Cultura quer da Câmara de Alcobaça a que se somam, nos últimos anos, algumas instituições privadas que se tornaram mecenas e patrocinadores da entidade.
Parcerias com concelhos vizinhos
Para além dos projectos com a comunidade, a associação centenária possui um protocolo com o município de Rio Maior para o funcionamento do curso básico de música em regime articulado.
Além do mais, a instituição tem várias parcerias “com a quase totalidade dos municípios da região para a programação em rede no âmbito do Cistermúsica”, referiu Rui Morais.
A Banda de Alcobaça, além do reforço da programação que estava previsto para os vários festivais que produz, debate-se com a dificuldade de perceber se conseguirá manter todos os grandes eventos que tem preparados, devido ao período de quarentena que se atravessa.
Para assinalar o centenário foram pensados concertos pela Banda Sinfónica de Alcobaça, o lançamento de um livro com a história da associação e “um momento de convívio entre as muitas dezenas de músicos, maestros e membros dos orgãos sociais que ao longo dos últimos 35 anos (desde o ressurgimento da Banda em 1985) passaram por esta instituição”, rematou.
Instituição pretende assegurar novas instalações para funcionamento de academias de artes
A prioridade da Banda é “dotar a entidade de instalações modernas e adequadas ao enorme crescimento das Academias de Música e Dança”, diz Rui Morais, acrescentando que se pretende manter e elevar os padrões de qualidade da formação que leccionam. Outros objectivos passam pela consolidação da área social e pela internacionalização, “não só dos grandes festivais de música que a instituição organiza, mas também de novos projectos”, frisa. Em relação ao Cistermúsica, organizado em parceria com a Câmara de Alcobaça, já há vários protocolos com parceiros internacionais, sobretudo com Espanha e Brasil. Para o Concurso Internacional de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça” há parcerias com organizações musicais de Moçambique, África do Sul e Espanha. N.N.
