Banda Comércio e Indústria usou Parque para gravar vídeo

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A Banda Comércio e Indústria (BCI) lança, esta sexta-feira, pelas 16h00, o terceiro vídeo, filmado no Parque D. Carlos I, nas Caldas. Pequenos grupos de músicos, cumprindo as normas da DGS, interpretaram o mesmo tema, gravando em vários espaços verdes. A edição colectiva será apresentada nas plataformas on-line.

O que faziam dois músicos de sopros a tocar dentro dos barcos do Lago do Parque D. Carlos I? Ou um grupo de mais músicos de sopros a tocar no relvado, situado nas proximidades do Museu de José Malhoa? O espaço onde funcionou o parque de campismo serviu também de spot de filmagem para três músicos de percussão.

Ao longo de três dias, durante o passado fim de semana, os músicos da Banda Comércio e Indústria “invadiram” o Parque D. Carlos I fazendo filmagens de pequenos grupos, em várias zonas deste espaço verde citadino e que é também um importante pulmão da cidade.

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Todos estes momentos foram gravados e vão agora fazer parte de um vídeoclip da Banda Comércio e Industria, que vai ser divulgada on-line hoje nas plataformas digitais da banda.
Quem for ver este “teledisco” vai parecer que a BCI está toda junta a tocar, interpretando o tema “Spanish Fever” do compositor americano Jay Chattaway. “Já tínhamos o áudio desta canção, que é divertida, e agora vamos colocar este clip na internet”, disse o maestro Adelino Mota, acrescentando que a BCI tem um canal no YouTube, no qual já colocaram mais de uma centena de vídeos das mais variadas actuações desta banda, algumas delas no CCC.

”Quem vir o vídeo terá a sensação de que a BCI está toda reunida a tocar, o que não corresponde à verdade”, disse Rafaela Faria, presidente da direcção da BCI. A jovem, que também integra a banda, é anotadora na televisão e tem experiência nos meios audiovisuais. Com a ajuda da irmã, Mariana Faria, foram as responsáveis pelas filmagens dos elementos do grupo, tendo em conta as normas com o distanciamento.

Terceiro vídeo em espaços verdes

“Filmámos vários planos com os músicos em zigue zague, o que dá a sensação de que os músicos estão próximos entre si”, disse a responsável, explicando que ao todo terão participado ao longo dos três dias de filmagens cerca de 60 do total de 75 músicos que fazem parte deste agrupamento caldense.

Este é já o terceiro vídeo que a BCI vai promover nos seus meios digitais. O primeiro foi filmado integralmente a partir das casas dos músico e visou assinalar, com pompa e circunstância, o 25 de Abril.

Além de ter tido visibilidade nos meios da Banda, foi também amplamente difundido nas plataformas das Juntas de Freguesia, que são as responsáveis pela organização das festividades que normalmente assinalam a revolução dos cravos.

No segundo vídeo, os músicos caldenses quiseram assinalar mais uma vez o feriado da cidade. Fizeram-no on-line mas, à música, juntaram várias imagens da cidade, do parque e da cerâmica local. Com estas acções, querem “mostrar ao público que mesmo dem podermos estar todos juntos, há outras formas de continuar a trabalhar na música”, disse Adelino Mota.

Por agora, os ensaios da BCI ainda não possíveis de forma presencial “mas vão continuar “activos”, referiu o maestro, que assegura que neste terceiro vídeo que visa assinalar esta fase de desconfinamento, as normas de segurança foram respeitadas pelos participantes. No total, esta banda filarmónica integra 75 músicos que têm idades entre os 11 e os 60 anos.

A BCI trabalha em parceria com várias entidades locais, tais como o Conservatório de Música das Caldas da Rainha. “Tentamos envolver a própria cidade nas nossas actividades”, resumiu o maestro, que conta actualmente com uma direcção que é composta por jovens músicos que têm constantes ideias e projectos para continuar a promover e a inovar as suas realizações, sempre tendo como mote o amor à música.
Muitos prosseguiram profissionalmente para outras zonas do país mas mantêm a sua ligação ligação à BCI e não faltavam aos ensaios semanais antes da pandemia.

Adelino Mota, acredita que se o Governo e a DGS permitirem a reabertura das escolas, “no início do próximo ano lectivo, talvez já seja possível regressar aos ensaios presenciais”.

A Banda Comércio e Indústria vai de férias durante o mês de Agosto mas, antes, ainda realizará mais projectos que vão manter os seus músicos activos e recorrendo às plataformas digiatis. É mais uma forma de se dedicarem à música e de “dar boa música” aos muitos seguidores e amigos deste agrupamento de música local.

Há um novo festival que vai levar música clássica a vários bairros da cidade das Caldas

“Clássico nos bairros” é como se designa o novo festival que vai ter lugar nas Caldas a partir do próximo dia 12 de Julho e que se estende até 28 de Julho. Trata-se de uma iniciativa do Centro da Juventude, com direcção artística de Adelino Mota, e que vai levar grupos de música clássica a actuar em zonas residenciais da cidade.
“Não vamos revelar as localizações”, disse o maestro, que pretende que estas actuações tenham o efeito surpresa dado que vão acontecer à hora de jantar e podem ter lugar “à porta de várias pessoas”. A ideia destas actuações acústicas é que possam ser apreciadas a partir das muitas janelas das diferentes áreas residenciais caldenses. “Haverá actuações onde nunca se realizaram concertos, a lugares completamente improváveis”, disse o maestro, que quer levar música erudita à porta dos caldenses.
Segundo Rogério Rebelo, director do Centro da Juventude, serão ao todo oito concertos que fazem parte desta edição de estreia orçada em cerca de 10 mil euros. “Não se pretende que o público se junte para assistir às actuações”, explicaram os organizadores. Vão actuar quartetos de clarinetes, trio de madeiras e também foram convidados dois quintetos de metais.
Os grupos, que integram vários professores do Conservatório de Música das Caldas, vão interpretar temas de Mozart, Shubert, Strauss, Haydan, Bach e de Beethoven. As actuações vão ser gravadas e colocadas on-line, nas plataformas do Centro da Juventude e da Câmara, logo no dia seguinte. “É uma ideia que visa ainda ajudar os músicos desta área que de repente ficaram sem trabalho”, contaram os dois responsáveis, um deles, Rogério Rebelo, que dirige o Centro da Juventude, e Adelino Mota, que está há vários anos na direcção artística da BCI.

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