Banda Comércio e Indústria manteve o concerto de Natal através do online

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Cerca de 70 músicos juntaram-se (com os devidos distanciamentos) na sala d’Os Pimpões para levarem o Concerto de Natal da BCI a casa das pessoas | Isaque Vicente

A tradição do concerto de Natal da BCI manteve-se, mas foi adaptado à pandemia. Conheça a logística necessária para os cerca de 70 músicos atuarem

Para manter a tradição neste ano de pandemia, a Banda Comércio e Indústria adaptou o seu concerto de Natal ao online. Os cerca de 70 músicos, dirigidos pelo maestro Adelino Mota juntaram-se na tarde do passado domingo, na sala d’Os Pimpões, que permitia o ajuntamento com as devidas distâncias de segurança e com aqueles que podiam, a usarem máscara. Para “espalhar” os intérpretes foi necessário recolher as bancadas e ocupar toda a sala. Tal implicava a inexistência de público. Assim, a decisão foi recorrer ao mundo digital e apresentar o concerto em direto nas redes sociais da banda (disponibilizando o vídeo do mesmo posteriormente).

Banda utilizou cinco microfones e seis câmaras de filmar estáticas, que permitiam ver diferentes ângulos do concerto, que decorreu na sala d’Os Pimpões

Para gravar o som foram utilizados cinco microfones, sendo o próprio maestro que, enquanto dirigia, se assegurava da qualidade da captação numa tarefa que disse gostar de fazer, mas que considerou um “desafio”.
Já as imagens de seis câmaras de filmar estáticas (sem operadores) eram enviadas para a régie da própria sala, que depois transmitia para o online, escolhendo os planos e fazendo as transições. A responsabilidade pela imagem do concerto ficou a cargo de Rafaela Faria.
Após a atuação, o maestro Adelino Mota fez notar à Gazeta das Caldas que uma atuação online “é completamente diferente de um concerto ao vivo”, pois tocam “sem saber para quem e sem conseguir ver as reações”. Por outro lado, reconhece, “é estranho não ouvir as palmas no final de cada tema”.
A sala estava decorada com árvores e fitas de Natal e a apresentação de cada tema era feita com recurso a arranjos natalícios. Os suportes das pautas dos músicos estavam, também eles, decorados a rigor, com fitas.
Do repertório do concerto fizeram parte temas como “Amparito Roca” de Jaime Texidor (com arranjo de Adelino Mota), o “Finale from Symphony No 5”, de Beethoven (com arranjo de Robert Longfield), “The Young Artist” de Ivo Kouwenhoven, com a participação do solista Guilherme Fernandes e “Saxofrolic” de Tom Haynes, com o solista Guilherme Santos.
No concerto, que durou cerca de 40 minutos, seguiram-se “Navegar, Navegar” de Fausto Bordalo Dias, com arranjo de Jorge Salgueiro, e “Deep Purple Medley,” com arranjo de Toshihiko Sahashi. O último tema foi… “Last Christmas”, de George Michael (com arranjo de Andrew Watkin).
No final de cada música, e dada a falta de palmas, os músicos batiam os pés no chão para “simular” os aplausos.
“Temos esperança de realizar dois concertos de Ano Novo no CCC, porque a lotação da sala está reduzida a metade”, salientou o maestro. As datas previstas são 2 e 3 de janeiro.
Na caixa de comentários das redes sociais os espetadores foram felicitando a BCI pela iniciativa e agradecendo a possibilidade de neste contexto de pandemia que vivemos, poderem desfrutar de um concerto como este no conforto das suas casas.

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