O livro “Aves de Portugal—Ornitologia do território continental” será apresentado no próximo dia 31 de Março, pelas 22 horas, no CCC.
A sessão literária, organizada pela Livraria 107, vai contar com a presença de Gonçalo Elias, um dos quatro autores desta obra, que inclui informação sobre as 450 espécies de aves que marcam presença no território continental português.
Os restantes autores são Paulo Catry, Helder Costa e Rafael Matias. Dois são biólogos, um é bancário e o outro engenheiro electrotécnico, unidos pelo interesse nas aves.
“Este livro é o estudo mais exaustivo alguma vez feito sobre a avifauna de Portugal Continental desde 1931”, disse Gonçalo Elias, à Gazeta das Caldas, acrescentando que faltava uma obra deste tipo que sintetizasse “todas as espécies, regiões e épocas do ano”.
Os quatro autores trabalharam para esta obra por espécies e consideraram que após 12 anos de investigação “tínhamos conhecimentos inéditos para partilhar com a comunidade”, disse o mesmo autor. Este trabalho de investigação permitiu recolher informação sobre a ocorrência de mais de 450 espécies de aves. A situação passada e presente de cada uma delas é descrita em pormenor ao longo das 943 páginas que compõem a obra, suportada por mais de 1500 referências bibliográficas.
“Aves de Portugal—Ornitologia do território continental” contém uma descrição dos principais habitats do país e uma resenha histórica da ornitologia nacional com dados inéditos e que se constitui como a primeira abordagem global a este assunto alguma vez escrita. Disponibiliza também a primeira compilação exaustiva de aves anilhadas recapturadas em Portugal, com um total de mais de 9000 registos.
O livro destina-se “a qualquer pessoa que se interesse pelo tema das aves pois possui informação generalizada e também especifica e de qualitativa”, disse Gonçalo Elias.
A obra contém 50 ilustrações, na sua maioria inéditas, e 154 imagens da autoria de diversos fotógrafos portugueses.
Na região Oeste há locais especiais para algumas espécies. A Berlenga é, por exemplo, o local escolhido para a nidificação do airo (pequeno pinguim) enquanto que o andorinhão real é das poucas espécies que usa as escarpas do Sítio da Nazaré para nidificar. Quem quiser apreciar garças vermelhas poderá fazê-lo na Lagoa de Óbidos e no Paul de Tornada e quem preferir conhecer espécies em passagem migratória poderá fazê-lo a partir do Cabo Carvoeiro.
A sessão de apresentação contará com a participação de Hélder Cardoso, presidente da Associação Pato, que fará uma apresentação sobre as aves que escolhem o Paul de Tornada como seu habitat.






























