Artshow consolida-se como certame de artes plásticas nacional

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Gazeta das Caldas

12342559_1185243364822410_5008528323824138735_nNo passado fim de semana, dias  4, 5 e 6 de Dezembro decorreu o Artshow, na Expoeste. O grande evento anual dedicado às artes plásticas, contou com a participação de 150 artistas de todo o país e teve vários momentos de animação com música ao vivo e dança. O Pai Natal também não faltou.
A iniciativa é comissariada pela pintora e empresária Paula Mendes e pela Expoeste. Segundo António Marques, director executivo do parque de exposições, o evento contou com cerca de 8000 visitantes.

Pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, fotografias, colagens, peças de cerâmica, trabalhos em cortiça e de calçado artesanal, estiveram em exposição durante três dias na Expoeste.
Este ano as obras estiveram dispostas em “ilhas” que permitiam a apresentação de vários autores em expositores colocados em cruz.
Ao todo estiveram representados 150 artistas de várias regiões do país, alguns através de associações de artistas. Durante esta oitava edição prestou-se homenagem a artistas recentemente falecidos e que tiveram obras neste Artshow. Foram eles o caldense Herculano Elias e os pintores Ernesto Neves e RogérioFreitas.
Pelos espaços expositivos estiveram vários géneros de pintura desde o mais realista ao mais abstracto, num sem número de propostas, também ao nível das técnicas desde a aguarela até ao acrílico.
O evento abriu portas na sexta-feira, mas a inauguração oficial decorreu por volta do meio dia de sábado, 4 de Dezembro, com uma visita guiada pela comissária Paula Mendes, acompanhada pelo presidente da Câmara, Tinta Ferreira.
O autarca contactou com os vários autores presentes no evento, tendo referido que desta edição fizeram parte  “trabalhos de muito nível e qualidade”. Este destacou também a presença de alunos e artistas formados na ESAD, além de autores que estiveram a trabalhar ao vivo. O edil referiu com agrado que há uma presença forte do artesanato urbano.
“Espero que as pessoas visitem o evento e venham vivenciar este contacto com as artes”, disse acrescentando que a Câmara apoia a realização do evento “com 10 mil euros”. Tinta Ferreira mostrou disponibilidade para continuar a apoiar a iniciativa se Paula Mendes continuar à frente desta organização.
Até porque a cidade pretende candidatar-se a Cidade Criativa, do Artesanato e da Arte Popular à Unesco e, como tal, precisa que eventos como o Artshow tenham continuidade.
Segundo Paula Mendes, o melhor dia do evento foi no domingo, pois “teve mais visitantes e proporcionou mais vendas aos participantes”. A comissária ficou sobretudo satisfeita com a adesão dos autores que, apesar da crise, continuam a querer marcar presença no certame.
Nesta oitava edição, aliaram-se às artes plásticas as danças de salão, a música ao vivo e a patinagem artística. Todos os dias houve actuações como, por exemplo, o pianista Fernando Santos, as SuperFlash e os Cavaquinhos das Caldas. À festa juntou-se também o Pai Natal, para gáudio sobretudo dos mais novos.

Um “Toma” como símbolo do evento

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Lina Félix, veio do Olho Marinho e participou no Artshow pela primeira vez. Pinta em tela e em tecido e estava contente por fazer parte de um evento “onde há trabalhos fantásticos!”. A autora diz que vai continuar a participar em futuras edições e gostaria que o ArtShow pudesse ser mais divulgado.
Natércia Gomes estava no evento a vender as pinturas de João Custodio, formado na ESAD. O autor já marcou presença nas edições de 2012 e 2013 e a sua representante considera que estas iniciativas são importante pois “dinamizam a arte na região”. Além do mais, dão oportunidade aos artistas “de dar a conhecer os seus trabalhos”.
Um pouco descontente com o pouco público que havia ao início da tarde de sábado, estava Carla Soares, do atelier Ceramarte, sediado em S. Martinho do Porto.
É a  terceira vez que participa no evento e não gostou muito da organização nem do espaço deste ano pois preferia os corredores, tal como fizeram no ano anterior. “Em ilha fica interessante, mas as pessoas não vêem todas as propostas”, comentou a ceramista, que trouxe várias obras novas, entre eles uma colecção dedicada a Fernando Pessoa. A autora gostaria que o Artshow pudesse contar com mais apoio das entidades dado que “tem provado que é um evento importante para a dinamização das artes no país”.
Na edição anterior do Artshow foi feito um grande “Toma!”, em cerâmica pelo escultor Carlos Oliveira e que tem a pretensão de ser o futuro símbolo do evento. A obra foi entretanto cozida e encontra-se na Expoeste onde está a ser pintada por vários artistas locais como Paula Mendes e Dulce Horta.

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