Artesãos das Caldas trouxeram encomendas Feira do Artesanato

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O certame de artesanato anual atraiu 22 mil pessoas ao Parque das Nações em Lisboa. Mais de vinte autores das Caldas marcaram presença e vários trouxeram novos contatos e encomendas

Decorreu na FIL em Lisboa, entre os dias 4 e 12 de setembro, a Feira Internacional de Artesanato, um certame que contou com mais de 200 expositores e cerca de 22 mil visitantes. Presente estiveram duas dezenas de autores, entre os quais vários caldenses, que levaram trabalhos para este certame nacional.

O stand das Caldas, logo à entrada da feira, deu nas vistas e foi destacado por muitos visitantes, sobretudo pela diversidade de propostas artesanais em cerâmica, madeiras, missangas, casquinha de ovo, bijuteria e rendas.
Segundo Júlia Lopes, presidente da Associação de Artesãos, também foi muito bem sucedida a feira que realizaram na Casa dos Barcos durante o mês de agosto e que se traduziu em boas vendas para todos.
Em relação à FIA, os autores das Caldas receberam muitos contactos de lojas e alguns “estão agora a receber encomendas, pela primeira vez”, contou a ceramista, muito satisfeita com a presença caldense que oferecia “beijinhos”, os típicos doces da cidade termal aos clientes.
Rosa José, uma das bordadeiras da Associação de Bordados das Caldas que esteve na FIL, conta que houve interesse do público pelo bordado. Vestida com uma blusa de linho com bordado das Caldas, a formadora diz que os bordados caldenses chamaram a atenção dos visitantes e muitos não conheciam a existência deste bordado peculiar, e que segundo a lenda, foi criado pela Rainha D. Leonor.
A investigadora caldense Inês Carvalho, que fez um trabalho académico dedicado aos Bordados das Caldas, também marcou presença e teve o seu trabalho premiado em exposição neste evento.
Vítor Lopes Henriques tem 74 anos e há 62 que se dedica à cerâmica. Sobretudo às malandrices e não podia estar mais satisfeito com a sua estreia na FIA, para onde levou malandrices e também um grande busto de Bordalo Pinheiro, entre outras peças dos irmãos Constantino.
Fernando e Milene Miguel marcam presença regular nesta iniciativa. Trouxeram as peças sacras e satíricas, Últimas Ceias, presépios e Zés Povinho e gostavam de atrair mais clientes ao seu ateliê na localidade do Formigal, em Salir de Matos.
Entretanto, a exposição que a Associação tinha prevista para a Capela de S. Sebastião para outubro não se vai realizar, pois aquele templo acolhe as missas, enquanto decorrem as obras da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo. ■

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