Os jogos tradicionais e as rendas de outras regiões estrearam-se no Artesanato na Praça
Quem passou no sábado à tarde, 13 de setembro, pela Praça da Fruta, pelo Artesanato na Praça, teve a oportunidade de assistir ou se experimentar o jogo do burro ou do sapo, que são de pontaria. Havia também grandes argolas e andas, destinados a miúdos e a graúdos e que experimentavam jogar com as pelas. Para muitos esta foi a oportunidade de recordar o jogo do pião ou do arco e da gancheta ou então de participar na Corrida dos Sacos.
Tudo isto porque a Fábrica da Alegria, empresa com sede nas salinas de Rio Maior, foi uma das convidadas desta edição e que teve a oportunidade de dar a conhecer aos visitantes os jogos tradicionais, feitos de forma artesanal.
Ana Alves, da firma, os jogos tradicionais são algo “que conquista gente de todas as idades”. E é possível constatar os mais velhos mostram perícia e rodar o pião enquanto que os mais novos tentam dar os primeiros passos nos jogos de equilíbrio ou de coordenação. Ao todo participaram no Artesanato na Praça- Mercado com Alma 45 artesãos, duas dezenas de autores que são sócios da associação e 25 convidados que vieram de Norte a Sul do país.
O evento, promovido pela Associação de Artesãos das Caldas, contou com a presença de rendilheiras de Vila do Conde. Isabel Carneiro dedica-se a esta arte há vários anos. A rendilheira contou que o método de trabalho é muito similar às rendas de Peniche, tendo estas últimas também marcado presença no evento. Tal como em Peniche, em Vila do Conde também há um museu com escola associada que existe desde 1919.
“É uma arte feminina que passava de geração em geração”, explicou Isabel Carneiro. A rendilheira diz que hoje é possível fazer o mais variado tipo de peças em renda de bilros, enquanto mostrava peças diferentes desde presépios ou até marcadores de livros e também fazemos bijuteria coma renda de bilros. “Tudo o que possa imaginar dá para fazer em bilros!”, garantiu a convidada.
Por seu lado, Nélia Farto é rendilheira em Peniche e dedica-se a esta arte decorativa desde os 16 anos. “Depois todas deixamos de fazer e acontece muito depois regressamos”, referiu a convidada que considera que é preciso mais divulgação e mais workshops de forma a dar a conhecer a mais gente esta arte de entrelaçar fios. “Podemos realizar o mais variado tipo de peças, usando qualquer tipo de fio”. Nélia Farto deu ainda a conhecer que os trabalhos que trouxeram para a banda do Artesanato na Praça são certificados ou seja cada peça artesanal possui selo de garantia.
Outra das atrações do evento é a execução da cerâmica ao vivo. É sempre sucesso garantido pois é dada aos visitantes a hipótese de colocar “a mão no barro”. O presidente da associação de Artesãos trouxe as suas rodas de oleiro e deu alguns ensinamentos a quem quis experimentar. O ceramista João Pinto da Costa trouxe peças chacotadas que os visitantes pintaram e que depois podiam levar, após terem sido cozidas e decoradas sob técnicas de Raku.”É a segunda vez que participo neste evento”, contou o ceramista que está de regresso às Caldas, depois de ter vivido alguns anos em Tomar. Pelo tabuleiro da praça foi possível conversar com vários artesãos que trouxeram diferentes tradições e dão âmbito nacional à iniciativa caldense.
































