

Nuno Braumann e Pedro Koch formaram-se em Som e Imagem na ESAD. Ainda estudantes fizeram em 2016 um filme sobre as ruínas das fábricas das Caldas que estreou no Doc Lisboa. Hoje Nuno Braumann vive na Suécia enquanto que Pedro Koch se divide entre Peniche, Lisboa e vários países da Europa (em Fevereiro vai estar na Lituânia). De momento não podem trabalhar em parceria, devido à distância mas as suas propostas continuam a dar cartas. Os filmes feitos em parceria ou individualmente, arrebatam prémios e têm sido seleccionados para festivais nacionais e internacionais.
O filme Bildvisningen – A Visual Essay about obsolescence, realizado pelo antigo aluno da ESAD, Nuno Braumann recebeu o 2º lugar na categoria ficção no festival NEOS FEST – Encuentro Universitario de Videoexperimentación que se realizou entre os dias 22 e 24 de Novembro na cidade de Puebla (México). O autor contou à Gazeta das Caldas que decidiu fazer este filme depois de ter assistido a uma projecção de slides em casa dos pais da sua namorada na Suécia, onde vive actualmente. Contou que a sessão foi um pouco atribulada, dado que as pessoas já não usam aquele projector e foi difícil encontrar equipamentos como a tela para poder ver os antigos slides. Foi este o ponto de partida de Obsolescência, que é a condição que ocorre a um produto ou serviço que deixa de ser útil devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado. A proposta de Nuno Braumann valeu-lhe o segundo prémio do festival mexicano.
O ex-aluno da ESAD vive no sul da Suécia numa aldeia chamada Kopprarp perto da cidade de Karlshamn.
Antes de ir para aquele país, Nuno Braumann começou a filmar um posto de vigia de fogos florestais, situado no miradouro/santuário de São Mamede (Póvoa de Lanhoso) e as pessoas que lá trabalham, mas contou à Gazeta que infelizmente o posto fechou e só voltará a reabrir no próximo ano. Espera por isso poder regressar para terminar este novo filme.
Pedreira e dinossauros
Nuno Braumann, em parceria com Pedro Koch, realizou Palingénese e este foi seleccionado pelo Avanca Film Festival. O filme de 16 minutos, foi também escolhido para o festival AM Egypt Film Festival que decorrerá em Agosto.
Palingénese foi realizado para Projecto Som e Imagem do curso de Som e Imagem com a tutoria de Susana Nascimento Duarte e foi filmado nas pedreiras da Serra de Serra D’Aire e Candeeiros e estreado na Bienal de Vila Nova de Cerveira.
Os jovens começaram a filmar na pedreira quando deram conta que ali existia um trilho de pegadas de dinossauro. “Quando olhamos para as pegadas e de seguida olhamos para as máquinas que trabalham na extracção de pedra reparamos que haviam bastantes semelhanças entres estas e os gigantes animais extintos”, contou Nuno Braumann.
A partir daí os dois autores construíram uma história onde um dinossauro, passado 140 milhões de anos, regressa ao seu local de passagem e não reconhece o local. Mais tarde identifica as suas pegadas e, ao mesmo tempo que o transportam para o presente, este vê os seus “semelhantes” mecânicos a trabalhar e a construir uma nova paisagem.
O filme Palingénese (que na doutrina grega corresponde à reencarnação e ao retorno à vida) já foi visto também em festivais no Faial e no Porto. Também marcou presença em festivais em Itália e na Bulgária.































