Jovem, de 25 anos, acabou o mestrado em Design de Produto na ESAD em Julho. Dedicou-se o seu estudo ao Design de inclusão e concluiu que o mundo precisa de se tornar mais acessível a todos. Do seu estudo resultou um baloiço que partilha com a irmã
Stéfanie Rosa quis dedicar o seu estudo académico ao design inclusivo, pois a irmã mais velha sofre de síndroma de Rett. A designer sempre quis poder passar mais tempo com ela, retirá-la da rotina para fazer algo divertido a duas ou em família. Foi com esta ideia que partiu para o seu mestrado, que a obrigou a pesquisar sobre design inclusivo.
“É um tema vasto e com tantas oportunidades de novos projectos ou adaptações a ser feitas”, nota. Desde a casa ao mundo exterior “há muitas adaptações, projectos e serviços que se podem realizar”, disse a jovem, de 25 anos.
Durante a pesquisa, Stéfanie Rosa acabou por chegar à criação de um baloiço especial, de chão, que permite que duas pessoas se balancem, lado a lado, podendo, assim, partilhar momentos.
A designer, que nasceu na Suíça e vive em Monte Real (Leiria), gostava que o baloiço pudesse ser produzido em escala, pois assim poderia chegar a mais pessoas que lhe poderiam dar feedback sobre este equipamento.
Antes do mestrado, licenciou-se em Design Gráfico e Multimédia, também na ESAD e a autora não descarta a possibilidade de laborar na área do Design Inclusivo pois tem “mais algumas ideias que poderiam vir a ser realizadas”.
Na sua opinião, em Portugal, “ainda há muita falta de apoio às pessoas com deficiência e aos cuidadores informais, cujo trabalho não é valorizado”. Acrescenta que há também falta de instituições e lares e há também muitas dificuldades no acesso a materiais ortopédicos.
Para a mestre, formada na ESAD, que regressou do país helvético aos 12 anos, “ainda há muito a fazer para tornar o nosso mundo o mais acessível possível para todos”.
Para criar uma sociedade mais igualitária, a designer considera que “é necessário haver design inclusivo sempre que possível e dirigido a todos”. No entanto, para alcançar este objectivo “são necessárias ajudas financeiras e pessoas dispostas a que se passe da ideia a acção”.
A jovem, que viveu nas Caldas da Rainha nos últimos cinco anos, apreciou ter escolhido a ESAD para fazer a licenciatura e o mestrado, pois achou as aulas cativantes e sempre muito actuais. “Levamos connosco uma segunda família e amizades para a vida”, acrescentou. De resto, Stéfanie Rosa recomenda viver e estudar nas Caldas cidade que considera que é “pacata”, onde “não é preciso carro” e que ainda acolhe “muitos eventos artísticos”.































