Aljubarrota inspirou artista a criar pintura de grande escala

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António Cassiano Santos explicando a sua obra ao público

Obra patente no Armazém das Artes homenageia várias figuras da História de Portugal

“Batalha Real” é como se intitula a pintura a óleo de António Cassiano Santos, sobre a Batalha de Aljubarrota e que está patente no Armazém das Artes, em Alcobaça e que celebra os 640 anos da Batalha de Aljubarrota com uma visão contemporânea e até algo provocadora.

A grande obra – que tem dois metros de altura e três de largura- impacta o visitante e mostra um conjunto de figuras históricas, que viveram em várias épocas e que estão representados neste grande trabalho.

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A obra foi inaugurada a 15 de agosto e, segundo o autor, segue preceitos e regras da pintura renascentistas que “obrigam” o visitante a prestar atenção ao centro do quadro. No entanto também usou também técnicas de pintura usadas nos anos 50, que aprendeu nos EUA.

“Usei a batalha de Aljubarrota como base para conversar temas, tanto medievais com atuais, como o papel das mulheres na guerra”, disse o artista que neste trabalho juntou à padeira de Aljubarrota outras figuras como Viriato, São Jorge, o Mestre de Avis, Martim Moniz, Nuno Álvares Pereira num sem fim de personagens, cheias de elementos simbólicos e de armas de outras eras. Há, por exemplo, uma mulher-soldado que luta com uma besta, arma usada para a caça. “Havia vários cercos, os homens morriam e quem aguentava até ao fim eram de facto as mulheres”, disse António Cassiano Santos. Uma das figuras centrais da obra é a padeira de Aljubarrota que como diz a lenda teria seis dedos nas mãos. Identifica-se bem pois tem tatuagens referentes a pão.

O autor gostaria que este fosse o primeiro de uma série e não lhe faltam ideias para continuar a dedicar-se a momentos chave da história de Portugal.

O artista formou-se nas Belas Artes de Lisboa e da sua formação fazem parte cursos profissionais de pintura que obteve em Nova Iorque e também na Dinamarca. A obra está cheia de importantes símbolos, desde espadas usadas na época dos Descobrimentos.

“Batalha Real” poderá ser vista em Alcobaça, até março de 2026.

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