A partir de amanhã, 31 de Maio e durante nove dias, Alcobaça vai transformar-se na ‘Cidade do Livro e do Filme’ com a realização de passeios e conversas com escritores e realizadores, exposições, feira do livro, feira de fanzines e vinil, vídeo arte, projecção de documentários, filmes e actividades desportivas e lúdicas.
O evento, que se designa Books and Movies (livros e filmes), é organizado pela Câmara e vai contar com teatro, música, sessões de autógrafos, lançamento de livros e ainda uma mostra internacional de filme experimental .
A iniciativa inclui ainda concertos, feira do livro, cinema, vídeo-arte, exposições e ainda uma gala Books e Movies que vai integrar uma homenagem a Manoel de Oliveira. Da iniciativa faz parte uma exposição da Barbie no Mosteiro de Alcobaça que inclui mais de 300 bonecas de colecção.Das iniciativas vão participar Beatriz Batarda, Valter Hugo Mãe, Nuno Lobo Antunes, Eduardo Sá, Pelar Del Rio, André Letria, Margarida Rebele Pinto, Raquel Ochoa e Maria João Lopo de Carvalho. A iniciativa vai integrar a celebração do Dia da Criança que decorrerá nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, no jardim da praça João de Deus Ramos. Estão previstas actividades de teatro, concertos, animação e actividades lúdicas. No dia 7 de Junho, pelas 22h00, actuam no Museu do Vinho os Mão Morta. A primeira parte será assegurada por Fast Eddie Nelson e Three Angled Mirror. Os bilhetes custam oito euros. Para mais informações contactar o facebook do evento booksandmovies.alcobaca
N.N.
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No passado domingo, dia 8 de Junho, assisti à gala BooKs and Movies, em Alcobaça. Na verdade, assisti a uma das maiores vergonhas que já presenciei das entidades representantes do Município. Na cerimónia estava previsto que seriam entregues os prémios referentes ao concurso, mas em vez disso, foi um pedido de esforço suplementar para que os concorrentes do próximo ano “surpreendem-nos”. Na verdade, os trabalhos a concurso deveriam estar mesmo muito mal, pois a decisão de não entregar os prémios conseguiu surpreender mais o público do que os trabalhos entregues a concurso surpreenderam o júri. Não existia tanta estupidez e descaramento nos concorrentes, foi talvez essa a razão!
Tudo não passou de uma vergonha, falta de profissionalismo, desonestidade, falta de respeito aos participantes e a todas as pessoas de Alcobaça. Nunca assisti a um concurso onde não fosse entregue o prémio, mas há dias para tudo! Numa primeira edição do concurso as pessoas esperavam entregar prémios Nobel’s ou Óscares!?!?!. Pelo menos a irrisória cerimónia assim parecia, pois parecia estar a assistir ao festival de Cannes, e não um concurso aberto a todos!
Uma vergonha! Nenhum dos participantes foi convidados para a gala de glamour, de personalidades vestidas de fato e gravata deslocadas para uma cerimónia movida de interesses, como já é habitual neste país. Não houve um e- mail, um telefonema, um convite….nada! Pois, convinha que não viesse ninguém dos participantes, já que nem prémio existia. E ainda, não é numa partilha no facebook que se divulga um resultado. Uma falta de respeito desta organização. Tudo não passou de uma fantasia construída só para mostrar que somos uma Câmara, com pessoas de grande cultura e conhecimentos para reunir um número de pessoas importantes para o acontecimento.
Abrem um concurso e nem um certificado se dignaram a atribuir aos participantes! Durante a cerimónia agradeceram-se a funcionário e entidades por terem cooperado na semana cultural, quando na verdade a maioria não está a fazer mais do que o que lhe compete, servir o país onde os contribuintes movem esforços cada vez maiores para descontar para estas pessoas de “tachinhos”! Mas não! Para os participantes houve um agradecimento tímido, acompanhado dum lamento cínico…já para não falam do excelente espaço para onde foram encaminhados.
Se põem o concurso ao dispor de qualquer um, com certeza irão aparecer trabalhos de maior ou menor qualidade. Se queriam obras de grande valor cultural, propunham o concurso a personalidades de renome, talvez ao próprio júri! Fica a sugestão! Mas vejamos bem… Isso não poderia acontecer….Ninguém o faria por 1500 euros!!!! Sim, porque isso é o quê? Três ordenados mínimos? Se calhar o júri teve o acto honesto de não entregar esse dinheiro para mãos alheias, não vá parar a plebeus incultos e o gastem mal. Com certeza estas pessoas lhe darão melhor uso e para o ano, (isto se cair do céu mais criatividade e coerência aos concorrentes do próximo ano!) se não, só vamos ter prémio lá para a quinquagésima edição!). Talvez façam uma “dobradinha” no prémio para o próximo ano!!! Se os participantes ganhassem tanto como estas pessoas ganham, talvez não participassem …e espero que seja o que a partir de agora aconteça. Porque, com certeza, não deram só 1500 euros à organização para organizar esta palhaçada.
A falta de honestidade das pessoas que servem o nosso município (ou deveriam de servir), entristece-nos a todos. Se só participaram pessoas “da terra”, o que é e deve ser o principal público, divulgassem em universidades, em instituições por todo o país. Mas haveria lá mentalidade para isso, se nem para enviar um convide houve. Se esperavam maior qualidade, não abrissem o concurso a todos. A cultura é para todos e não só para pessoas de fato e gravata que só aparecem nas horas de encher a barriga. A minha terra é feita de cultos e incultos honestos, não de pessoas como estas. São os iletrados que contam e constroem no dia-a-dia as verdadeiras e maiores Histórias da minha terra.
Afinal o concurso só consistiu num acto de caridade que varia com o estado de alma dos júris e não com a verdadeira razão de se desenvolver um concurso que divulga, pensa e abre a discussão sobre a nossa terra e reconhece quem o faz. Se falei bem de Alcobaça por esta iniciativa, a “pessoas da terra”, do meu país, de fora deste…agora irei falar mal, porque ontem qualquer pessoa que seja e que tenha afecto por Alcobaça sentiu-se humilhado!
Obrigado