A pandemia na Cultura traduzida em números

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Em 2020 os números oficiais de exposições, de autores representados e de obras expostas no Oeste caiu para mais de metade

A pandemia teve impactos óbvios no setor cultural e que ainda hoje se fazem sentir em vários domínios. Ao nível das exposições houve uma drástica diminuição de apresentações culturais. Segundo os dados recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no Oeste é possível quantificar esta quebra no ano de 2020 em cerca de 60%.
O número de exposições realizadas nas galerias de arte e outros espaços de exposições temporárias oestinos caíram das 158 em 2019 para as 67 no último ano.
O único concelho do Oeste que apresentou mais exposições em 2020 do que no ano anterior foi Alcobaça, que nos últimos anos, segundo dados do INE não tinha registado qualquer exposição e em 2020 teve duas.
Os concelhos do Bombarral, que tinha tido uma mostra cultural em 2019, e do Sobral de Monte Agraço, que tinha apresentado cinco, não contaram com nenhuma no último ano.
Relativamente ao concelho das Caldas da Rainha, manteve-se como o município do Oeste com mais exposições apresentadas, mas foram apenas 16, ainda assim bastante aquém das 52 registadas no ano anterior.
Desde que são reunidos estes dados pelo INE (2011), nunca tinham decorrido tão poucas exposições no Oeste, um facto que se explica com a pandemia e os confinamentos decorrentes da mesma.
Os dados do INE permitem ainda perceber que foram apresentadas nestas 67 exposições um total de 4.214 obras de arte, quando em 2019 tinham sido mais do dobro (10.682).
Também o número de autores representados nestas mostras foi, obviamente, muito inferior. Em vez de 1.655 foram expostas obras de 616 autores.
Outro dado importante prende-se com o número de galerias de arte e outros espaços de exposições temporárias. É que desde 2012 que o Oeste não tinha, segundo os dados do INE, um número tão baixo destes espaços.
Em 2020 existiam 24 galerias de arte, ou seja, menos seis do que as 30 de 2019 e menos oito do que as 32 de 2014 e de 2015.
Os dados mais antigos (datados de 2011 e de 2012) apontam para a existência de apenas 17 e 15 galerias de arte no Oeste, mas desde 2013, em que haviam 28, não se registava um número tão baixo. ■

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