A música improvisada combinada com o sapateado no concerto do Caldas nice Jazz

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O festival Caldas nice Jazz decorre até 7 de novembro | Isaque Vicente

Pandemia obrigou a mudança de localização de concerto que aliou o jazz ao sapateado, numa proposta original

Um concerto que aliava o jazz ao sapateado foi a proposta do Caldas nice Jazz para o final de tarde da passada sexta-feira. Os Rhythm Tap Trio apresentaram-se com Paula Cirino, no sapateado, Elmano Caleiro, no contrabaixo e Edison Otero na trompete.
Com a animação sempre presente, nas próprias músicas e na atitude dos músicos em palco, interagindo com o público. Da plateia vinham salvas de palmas, especialmente quando os músicos lhes ofereciam algum solo ou quando Paula Cirino sapateava numa plataforma de madeira própria para o efeito.
Por motivos de segurança relacionados com a covid-19, “o concerto que estava previsto para o Café Capristanos/Terminal Rodoviário, foi transferido para o Pequeno Auditório do CCC, de modo a que se possam garantir todas as medidas de segurança indicadas pela DGS”, informou a organização. Apesar da mudança de localização, o espetáculo manteve-se com entrada gratuita, tendo a sala uma lotação máxima definida pela DGS de 75 lugares.
Para hoje, 29 de outubro, está prevista a atuação de Manuel Linhares no CCC. O concerto começa às 21h30 e os bilhetes custam 7,50 euros (duplos a 10 euros e bilhetes para estudante e sénior a 5 euros cada). O mesmo artista irá amanhã ministrar uma formação intitulada “O Círculo da Voz”. O workshop dura 2h30 e começa às 14h30. A participação custa 10 euros (há descontos de 50% para jovens dos 12 aos 17 anos, para membros de Bandas Filarmónicas, alunos de escolas de música, grupos corais e músicos.
Para a tarde de sábado (a partir das 15h00) está previsto o Toca Jazz: matiné speakeasy, na Toca da Onça. O evento combina petiscos com cocktelaria e discos de jazz e contará com uma formação e prova de Whiskeys com um bartender.


“Tivemos de antecipar o cartaz nacional um ano”

A realização do Caldas nice Jazz neste ano de pandemia “carece de um grande esforço e de uma grande persistência”, fez notar o diretor do CCC, Carlos Mota. “Uma das grandes dificuldades foi a necessidade de reorganizar o festival duas vezes”, esclareceu o responsável.
Comparativamente com os últimos anos, uma das grandes mudanças nesta edição é a existência de um cartaz 100% nacional. “Tínhamos previsto fazer um cartaz nacional no 10º aniversário. Tivemos que antecipar essa programação um ano”, explicou, acrescentando que o cartaz tem “propostas de excelente qualidade e inovadoras”.
O responsável salientou ainda o papel do festival no apoio aos artistas e técnicos de espetáculo nacionais nesta época de pandemia. “É uma forma de estar solidários com este momento tão difícil”.
Mas além da programação há todo um trabalho para “garantir aos espetadores as condições de segurança”. Para tal foi necessário “inibir os espetáculos fora de portas e suprimir as provas de produtos regionais” que se costumam realizar, mas manteve-se o concerto na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.
Para este sábado, 31 de outubro, está prevista a conferência “Quando o Jazz se fez português – a presença do swing na música popular portuguesa dos anos 1950-60”.
A sessão será guiada por João Moreira dos Santos e João Carlos Callixto, que “trazem para audição uma série de discos de vinil, maioritariamente em formato EP, que marcaram o encontro de Belo Marques, Domingos Vilaça, Jorge Costa Pinto, Thilo Krasmann e Don Byas com, entre outros, Maria de Fátima Bravo, Simone de Oliveira, Maria de Lourdes Resende, Madalena Iglésias, Maria da Fé e Amália Rodrigues”.
A conferência irá decorrer no pequeno auditório do CCC a partir das 17h30.

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