A energia contagiante de Anabela pôs toda a gente a cantar no CCC

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Gazeta das Caldas

IMG_1330Anabela não teve o grande auditório do CCC cheio na noite da passada sexta-feira, mas transformou o palco numa Casa Alegre – a sua Casa Alegre – e convidou o público presente a entrar e a desfrutar de um espectáculo enérgico, onde o fado surgiu mesclado com outras sonoridades que puseram os 250 espectadores a bater palmas e a cantar.
Anabela apresentou-se no grande auditório do CCC na noite da passada sexta-feira com a voz que lhe reconhecemos e que lhe abriu, desde muito nova, as portas do mundo artístico. Entre festivais e musicais, dar voz a personagens da Disney ou participar em novelas, Anabela tornou-se um nome familiar a quase todos os portugueses.
Aos nove anos começou a cantar em festivais, com 10 lançou o seu primeiro single e aos 12 venceu a Grande Noite de Fado. Participou em vários festivais internacionais e, com apenas 16 anos, venceu o Festival da Canção, que lhe permitiu participar, no ano seguinte, no Festival da Eurovisão em Milstreet (Irlanda). Contas feitas, são já 30 anos de  carreira.
Nas Caldas Anabela apresentou o seu mais recente álbum, Casa Alegre (2014), que marca o seu regresso aos originais, mas cantou também alguns temas de trabalhos anteriores, como Estou Aqui, do álbum Origens (1999) ou Só Nós Dois é Que Sabemos, do álbum Nós (2010). E cantou ainda o fado Alfama e a música Covilhã Cidade Neve, que pôs os espectadores às palmas, acompanhando a música.
O momento alto da noite foi quando a artista voltou ao palco, já depois de terminar o repertório e de o público pedir uma última canção. “Permitem-me que eu tire os sapatos?! É que eu estou em casa…”, disse, antes de anunciar que tinha trazido um presente: Cidade (Até Ser Dia), que transportou os 250 espectadores para o festival Eurovisão de 1993.
A artista agradeceu o carinho e despediu-se, mas o público pediu mais uma e Anabela acabou por aceder ao pedido. “Foram um público maravilhoso! Muito obrigado”, exclamou, antes de cantar o single que dá nome ao álbum, Casa Alegre.
No final, Anabela  descreveu o concerto à Gazeta das Caldas como “uma noite muito bonita” com um “público fantástico, muito querido, atento, disponível e generoso. Diverti-me muito, desde o principio ao fim. Senti-me em casa!”, disse a artista, que agradeceu ao público e à organização, revelando que espera voltar em breve às Caldas da Rainha.
A Casa Alegre de Anabela é um palco, com os seus músicos e um microfone, para se poder expressar através da sua voz, mas também a sua casa pessoal, onde reside, “que é uma casa feliz pois agora que me casei tornou-se uma casa ainda mais alegre”, contou.
A espectadora Ana Faria não conhecia Anabela, mas a filha aconselhou-a a ir ver o espectáculo que se traduziu numa “agradável surpresa”. Apesar de não ser uma assídua de concertos, revelou ter gostado bastante, principalmente da “Alfama, a do Toni Matos e a da Eurovisão, que são mais do meu tempo”.
Já a jovem Marta Salgueiro, atenta seguidora do percurso de Anabela, salientou o “trabalho admirável e a simplicidade, naturalidade e força que esta artista maravilhosa transmite em palco”. Quanto ao concerto, foi “em crescendo, até ao momento alto que foi a música da Eurovisão”.

 

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