A história não é uma novidade, mas continua a levar famílias inteiras ao teatro. “A Bela e o Monstro”, produção da Yellow Star Company, subiu ao palco do CCC no dia 8 de Abril, numa adaptação de Paulo Sousa Costa e João Didelet ao texto original de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont, escrito em 1756.
Com um elenco composto por dez actores (incluindo alguns rostos bem conhecidos, como Carla Salgueiro, Sissi Martins, Elsa Galvão e Joel Branco) e um cenário de encher os olhos, repleto de efeitos de luzes e fumos, o musical cativou miúdos e graúdos com um enredo que continua a afirmar-se actual.
O encenador Paulo Sousa Costa disse à Gazeta das Caldas que é “um enorme desafio, mas também um grande prazer, pegar numa história destas, tanto pela sua beleza como pelo facto de ter atravessado gerações”, revelando que se manteve muito fiel ao texto original. “O que fiz foi pegar no conceito e adaptar com falas novas e uma dinâmica diferente da história original”, acrescentou.
Esta peça conta a história de um príncipe que vivia no Reino das Rosas onde abundavam estas flores. Ganancioso, preocupava-se apenas em vender toneladas de rosas aos reinos vizinhos, que não tinham a sorte de vê-las crescer nas suas terras. Indiferente à beleza das rosas e ao risco de escassez deste recurso no seu reino, o príncipe é amaldiçoado pela fada Clóris, protectora das rosas, que o transforma num Monstro e faz com que todas as rosas fiquem pretas para não serem mais vendidas. Solitário e triste, o monstro acaba por se arrepender dos seus actos, mas apenas o verdadeiro amor de uma mulher pode fazê-lo recuperar as feições humanas. É Bela, uma jovem humilde que vive numa aldeia, quem irá quebrar o feitiço, demonstrando que o interior de uma pessoa prevalece sobre o seu aspecto físico. É que o Monstro, ainda que muito feio, consegue revelar-se extremamente bondoso.
Valores como a bondade, a solidariedade e honestidade são realçados neste espectáculo que, por ter uma vertente pedagógica, também teve sessões exclusivas para alunos das escolas do concelho. “A reação das crianças foi, como sempre acontece, muito genuína e entusiasta. É uma sensação muito boa ver as salas repletas de crianças, para muitas das quais, é a primeira vez que vão ao teatro”, frisou Paulo Sousa Costa.
Há quatro anos que “A Bela e o Monstro” está em cena com a Yellow Star Company, sendo um dos projectos para escolas e famílias desta companhia, à semelhança das peças “Alice no País das Maravilhas” e “Aladino e a Lâmpada Mágica”.































