O Simpósio Internacional de Escultura em Pedra das Caldas (Simppetra) vai começar no próximo dia 4 de Julho e estende-se até ao final do mês. Este ano vão participar seis escultores, à semelhança das duas edições anteriores. Ojárs Feldbergs vem da Letónia, Liliya Pobornikova da Bulgária, Rainer Fest da Alemanha , e o francês Leonard Rachita (que nasceu na Roménia) vão juntar-se à portuguesa Filomena Almeida, escultora que esteve presente como assistente neste evento há dez anos.
A inclusão do Simppetra no site dedicado à grande escultura em pedra terá contribuído para o facto desta 13ª edição ter registado um recorde de candidaturas. Para seis lugares, o júri recebeu 192 projectos de escultores de todo o mundo. Em edições anteriores, o máximo de candidatos ascendeu aos 70. Este ano a organização optou por não efectuar um convite de participação a um escultor.
É nos jardins daquele espaço que durante um mês escultores e assistentes vão trabalhar a arte de realizar escultura em pedra de grandes dimensões. As peças já têm local de colocação pré-determinado. Foz do Arelho, CCC, novo edifício do badmington, Universidade Sénior e ruas da cidade são alguns desses locais.
Outra das novidades deste ano é que vai estar a decorrer em paralelo ao simpósio, um workshop de escultura, coordenado pelo artista plástico Vítor Reis “e que vai permitir aos participantes contactar com profissionais de vários países”, disse José Antunes, director do Centro de Artes. Os assistentes do Simppetra serão alunos das escolas superiores de artes do país.
Simpósio caldense realiza-se há 24 anos
Caldas da Rainha realizou o seu primeiro simpósio em 1986, no âmbito das actividades do Atelier-Museu António Duarte. No início da década de oitenta já o Porto e Évora tinham realizado iniciativas semelhantes.
A primeira edição começou de forma tímida, com poucos recursos, mas ficou logo caracterizada pelo grande empenho dos participantes portugueses e estrangeiros (três). Progressivamente, o evento foi-se internacionalizando e hoje conta com apenas um escultor português que este ano submeteu o seu trabalho à avaliação do júri, tal como os seus congéneres estrangeiros.
Com 24 anos de actividade, no Simppetra já foram produzidas por escultores de mais de 30 países cerca uma centena de obras de grandes dimensões.
Essas esculturas são hoje um importante património que enriquece o espaço público da cidade e das freguesias do concelho das Caldas.
Ao longo de todo o mês de Julho vão realizar-se outras manifestações culturais – como exposições, colóquios e visitas temáticas – relacionadas com o simpósio. Haverá visitas ao local de trabalhos dos escultores quando as peças já estiverem adiantadas e será feita uma cerimónia final de encerramento do evento.































