
Abriu nas Caldas, nos ex-Silos, uma nova produtora. Designa-se Olho de Vidro e tem como responsáveis José Fangueiro e Sara Gonçalves, ambos formados na ESAD.CR, ele em Som e Imagem e ela em Animação Cultural.
A Olho de Vidro, que inaugurou a 8 de Março, pretende conceber e acompanhar projectos relacionados com a imagem em movimento.
José Fangueiro tem experiência em realização em curtas e longa-metragem e como meta pretende fazer cinema. Só que, como não é tarefa fácil no curto-prazo a Olho de Vidro também se dedica a outro tipo de projectos como vídeos promocionais, filmes publicitários, cobertura de eventos e videoclips, deixando o cinema para mais tarde.
O jovem produtor possui material de filmagens – como câmaras, tripés e grua – e há algum tempo que desejava instalar uma produtora pois “precisava de um espaço, um nome e de uma imagem”. Associou-se então a Sara Gonçalves – que traz a vertente cultural à produtora – e desde Novembro que se dedicam ao projecto.
E qual é a mais-valia da Olho de Vidro? “Esta produtora tem uma vertente de animação e de gestão cultural e ainda de técnica de perícia de Som e Imagem”, disseram os seus responsáveis.

Feitas obras de remodelação no espaço dos Silos, a Olho de Vidro abre agora portas, com o seu estúdio de som e imagem e de audiovisuais pronto para os mais variados tipos de gravações. José Fangueiro e Sara Gonçalves estão prontos para arregaçar as mangas, para efectuar parcerias com várias entidades da cidade mas sobretudo com a ESAD.CR.
Não lhes faltam ideias para novas iniciativas como workshops, seminários e querem firmar parcerias com cine-clubes e organizar um festival de cinema na cidade.
“Queremos trabalhar em cooperação com todos, sobretudo com os outros elementos que também laboram nos Silos”, disseram especificando que aqui se encontram autores a trabalhar nas áreas de design, multimédia, fotografia entre tantas outras disciplinas que cruzam com o seu trabalho de imagem em movimento.
Querem começar a apostar nos workshops e colóquios relacionados com o cinema em Portugal e pretendem ainda trazer organizadores dos festivais de cinema como o de curtas metragens de Vila do Conde para “nos dar uma ideia de como tudo funciona, desde a organização até aos bastidores”, disseram.
Relativamente ao futuro festival de cinema que querem organizar “gostaríamos de passar os filmes em espaços antigos que agora se encontram encerrados”, disseram.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt






























