Caldas da Rainha tem sido uma cidade próspera na criação de grandes talentos no desporto, numa panóplia de modalidades. O voleibol tem tido um desenvolvimento grande, e até nesta modalidade em que o colectivo é quase sempre mais importante do que o individual, há talentos que se destacam. Margarida Reis é, sem dúvida, um deles.
A voleibolista tem sido presença assídua nas selecções nacionais jovens, fruto do trabalho que tem feito para desenvolver as suas capacidades, quer no Sporting das Caldas, onde começou, quer na Lusófona, para onde se transferiu na época passada depois de ingressar no ensino superior.
A paixão pelo voleibol – herdada por certo do pai, Júlio Reis, treinador e grande dinamizador da modalidade nas Caldas nas últimas décadas – não cessa nem em tempo de férias. Verão é tempo de voleibol de praia e Margarida Reis também se destaca na areia, onde é, também, presença assídua nas selecções nacionais.
Acabou de se sagrar Campeã Nacional do seu escalão, Sub 20 no passado domingo. Depois de estar no pódio em todas as etapas do campeonato, venceu a final em Macedo de Cavaleiros, com a companheira de equipa na Lusófona, Maria Tinoco.
Zé Povinho dá-lhe os parabéns pela conquista e pelo que tem feito enquanto jovem atleta. Em todas as modalidades é preciso haver referências para cativar mais atletas e aumentar também a qualidade. Margarida é uma dessas referências no voleibol.

Zé Povinho tem uma pena e comiseração imensa pelos egípcios, um povo marcante na tempos da Antiguidade, que contribuiu imenso para o desenvolvimento e para o património da Humanidade.
Contudo, desde a sua independência do domínio inglês, nos anos 50 do século passado, a sua história tem alternado entre momentos mais heróicos e momentos trágicos, alguns dos quais com a vivência de guerras terríficas e tempos de domínio ditatorial dos seus líderes.
Na sequência dos movimentos para a liberdade originados na Tunísia, milhares de egípcios desafiaram o poder em 2011 e conseguiram derrubar a ditadura, pondo termo a 30 anos de poder autocrático. Vindas as eleições, saiu vitorioso Mohamed Morsi, que tentou institucionalizar a islamização do Egipto, mesmo contra a vontade de muitos daqueles que haviam derrubado Mubarak.
Nas últimas semanas os militares, que são um dos poderes mais bem organizados no Egipto – apesar de não serem muito favoráveis aos processos democráticos dado que eram um dos sustentáculos da ditadura -, não são, no entanto, favoráveis ao poder religioso dos islamitas. Por isso depuseram Morsi e transformaram o general Abdel Fattah al-Sissi num novo homem forte do regime. Nesse processo eliminaram centenas de opositores da Irmandade Muçulmana, que também de democrática pouco tinha, apesar de ter sido eleita num processo democrático contra o candidato herdeiro de Moubarak.
Por detrás de ambos os lados movimentam-se inúmeros interesses, mesmo com o alinhamento de estados confessionais do Próximo e Médio Oriente, que dão uma maior dramaticidade à situação dos 80 milhões de egípcios.
Zé Povinho não sabe onde está a culpa nem a responsabilidade. Provavelmente todos têm culpa no cartório, incluindo os seus apoios no resto do mundo. Coitado de um povo ou daqueles que acreditaram a certa altura num movimento de carácter democrático, e que meses depois está metido num caos que, à primeira vista, não tem saída.
Sem nenhuma simpatia por ambos os lados do conflito, Zé Povinho só teme pela sorte do povo, principalmente daqueles que tiveram a ilusão que era possível ter liberdade e respeitar a liberdade dos outros.
































