José Noronha, o proprietário de uma destilaria nos Vidais que estava desaparecido há quase um ano, foi encontrado morto em Alfeizerão no passado dia 5 de Fevereiro. Os autores confessos do crime – a então namorada do empresário, o irmão da jovem e a companheira deste – foram libertados pelo Tribunal Judicial de Leiria com termo de identidade e residência.
O crime terá tido origem num caso de violência doméstica e terá acontecido na noite do desaparecimento, a 11 de Fevereiro de 2015, num apartamento nas Caldas da Rainha onde José Noronha, de 55 anos, vivia com a companheira, de 25. O homem terá sido agredido até à morte e, depois, atado, embrulhado num cobertor e transportado de automóvel até uma moradia em Alfeizerão, onde viviam o irmão da presumível agressora e a cunhada, de 24 e 31 anos, respectivamente. Aí foi enterrado num canteiro no quintal.
A detenção foi anunciada no passado dia 5 de Fevereiro pela Polícia Judiciária de Leiria, que justifica a acção com os crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, falsificação de documentos e furto. Ao serem confrontados com os indícios recolhidos pela PJ, os três confessaram o crime e revelaram onde estava o corpo.
Segundo António Sintra, coordenador da PJ de Leiria, citado pelo Jornal de Notícias, havia um historial de agressões entre o casal, “algumas das vezes envolvendo o irmão da companheira e a cunhada, e que resultaram em várias queixas de violência doméstica”.
Posteriormente ao crime, os três suspeitos terão falsificado documentos para vender bens do empresário, nomeadamente carros, acrescenta a PJ.
Foi a própria companheira de José Noronha, na altura grávida, que emitiu o alerta do desaparecimento deste e, inclusivamente, fez várias publicações nas redes sociais lamentando a ausência deste.
Após prestarem termo de identidade e residência, os dois irmãos estão apenas obrigados a apresentações diárias no posto policial da área de residência.































