É do domínio público que o actual governo PSD/CDS, ao serviço do grande capital e da “Troika” do FMI, BCE e EU, prevê o encerramento do serviço de passageiros na Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz.
Esta medida, além de não se justificar, conforme o estudo já divulgado publicamente, é altamente lesiva dos interesses da região e a concretizar-se, vai prejudicar várias centenas de utentes, alguns dos quais podendo ver comprometido o seu posto de trabalho.
É bom não esquecer que a requalificação e modernização da Linha do Oeste é um dos compromissos assumidos pelo Estado, nas contrapartidas pela não construção do novo aeroporto na Ota, fazendo parte integrante do Plano de Acção do Oeste.
Também convém não esquecer as responsabilidades das várias administrações da CP e da Refer e dos respectivos Ministros da tutela que tudo fizeram para que esta via ferroviária se encontre no estado actual.
Ultimamente, vários têm sido os autarcas, deputados, associações empresariais, movimentos e personalidades de toda a região, que se pronunciaram contra esta medida, defendendo a importância do transporte ferroviário, quer a nível económico e social quer ambiental.
O PCP sempre defendeu e continua a defender a requalificação da Linha do Oeste, pelo que significa de mais valias económicas, decorrentes de um natural aumento do número de passageiros e mercadorias transportados, pelo maior bem estar para as populações que teriam à disposição um meio de transporte mais eficaz, confortável e mais barato e pela redução dos níveis de poluição, considerando a consequente redução do tráfego rodoviário.
O PCP exige que os Autarcas e Deputados do Circulo Eleitoral de Leiria, que se têm manifestado em defesa da Linha do Oeste, sejam coerentes e contribuam para que não se concretize mais este atentado aos interesses económicos e sociais da região.
O PCP, sempre ao lado dos utentes e das populações, tudo fará em colaboração com todos aqueles que defendem a Linha do Oeste, para que esta tenha futuro e seja um factor de desenvolvimento e progresso para a região.
É preciso mudar de política para um futuro melhor!
A DORLEI do PCP

































1 – A Linha do Oeste começou a morrer em 1991 quando foi aberto o primeiro lanço da A8. Com a opção generalizada pelas auto-estradas e a condenação do transporte ferroviário fora do eixo Lisboa-Porto-Beira, a Linha do Oeste foi começando a passar para segundo plano.
2 – A não electrificação da Linha do Oeste e a impossibilidade de fazer viagens em tempo concorrencial às auto-estradas (Caldas da Rainha, Figueira da Foz e Coimbra) e a oferta dos “expressos” decretaram a irrelevância da Linha do Oeste.
3 – Com o passar dos anos, e apenas pela inexistência de transporte rodoviário, a Linha do Oeste tornou-se basicamente útil para os viagens curtas entre as povoações mais pequenas e as cidades onde os comboios ainda tinham condições para parar.
4 – Em época de crise e com os constrangimentos orçamentais existentes – e o brutal endividamento, que temos todos de pagar, das empresas de transportes -, é uma rematada estupidez insistir na manutenção da Linha do Oeste. A realidade – e sabem-no mesmo os mais contestatários, na sua vida privada, sem que estranhamente o apliquem na vida pública – não permite luxos e manter a Linha do Oeste (em função da sua reduzida utilidade) é um luxo.
5 – A contestação política ao encerramento da Linha do Oeste é um verdadeiro prato de Petri onde se misturam, numa confusão pouco saudável, a demagogia, a ingenuidade, a ilusória pesca ao voto a pensar nas eleições autárquicas de 2013, a asneira estratégica, a perda de tempo e a tentativa de distrair as populações do que realmente interessa.
6 – Esta luta também mistura dois factores psicológicos de peso: na extrema-esquerda (onde o PCP se encaixou paulatinamente) a obsessão de contestar tudo o que provém do “Governo de direita” e nos autarcas (tontos, tontos, tontos…) o problema que é a necessidade de uma “compensação” pela “perda” da Ota (como, nas crianças de tenra idade, a xuxa compensa a falta do peito materno…).
7 – A luta contra o encerramento da Linha do Oeste reflecte a patética visão urbana da elite citadina que ignora e abomina as freguesias rurais. Como têm a estação nas Caldas, a Linha do Oeste é importante para eles.
8 – Aquilo de que a população do concelho de Caldas da Rainha necessita não é da Linha do Oeste. É, sim, de transportes públicos efectivamente úteis e de periodicidade regular. É essa a luta, em termos de política de transportes, que interessa a todo o concelho e que a elite citadina despreza porque já está suficientemente bem servida.
Continuem a agarrar-se a hipótese, sonhos e quimeras e compensações por perda dos sonhos e verão com que pesadelo acordam ! A OTA foi uma hipótese! Tiveram o tal hospital oeste norte moderno e de ponta para compensar a hipótese ? 1.Têm o hospital de Peniche que era o mais recente e moderno do CHON desactivado pelo principal candidato a pesidente do futuro hospital novo. 2.Têm o hospital distrital candidato a rectaguarda (c/ más condições pq não há $ para obras)de Torres Vedras. 3.O hospital de Alcobaça (o mais velhinho) preparado e equipado com o recheio da cirurgia de Peniche para voltar para a SCMA para fazer Cirurgias de Ambulatório particulares para quem tiver $ (que o Estado não tem).
Talvez a linha do Oeste se reative quando encerrarem de vez a Ortopedia, Maternidade e UMC de Caldas da Rainha e neste caso será a compensação de uma realidade !