Comissão para a Defesa da Linha do Oeste

Sobre estas declarações, não pode a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste deixar passar em claro o que é afirmado pelo Sr. Presidente da Câmara  das Caldas da Rainha, considerando que as mesmas só podem ser entendidas como um lapso momentâneo da sua parte.
A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste promoveu a manifestação do passado dia 3 de Dezembro nas Caldas da Rainha, em colaboração com um grupo de utentes dos comboios que circulam no troço cujo serviço de passageiros o Governo pretende cessar e sendo uma manifestação, divulgou-a publica e profusamente nos concelhos atravessados pela Linha, nomeadamente a norte das Caldas da Rainha. Deu-a, igualmente, a conhecer à Comunicação Social que, antecipadamente a divulgou.
Daí que, qualquer cidadão empenhado na defesa da Linha do Oeste, podia se o quisesse, participar na manifestação, independentemente de ter partido ou não, de ser autarca ou deputado, ou o mais comum dos munícipes. E podia também, como fizeram alguns dos participantes de forma empenhada, mobilizar outros para estarem presentes.
A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste cumpriu, mais uma vez, o seu papel de lutar em defesa da Linha e não coibiu ninguém de o fazer, mas entendeu que a participação individual de cada pessoa ou instituição só poderia resultar da vontade própria e não de convites previa e formalmente entregues.
A propósito, vale a pena recordar que para a Tribuna Pública que esta Comissão realizou em 29 de Outubro, foram convidados a estarem presentes e a usar da palavra, os presidentes das Câmaras Municipais de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, bem como os respectivos presidentes das Assembleias Municipais e deputados.
Destes, só o Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha se fez representar e não foi pelo facto de tal ter acontecido que pudemos constatar a presença de mais participantes na dita iniciativa, o que contraria a tese do Sr. Presidente do município caldense, quanto à hipótese de ter “mobilizado muita gente para a manifestação”.
A defesa da Linha do Oeste, como um projecto e uma realidade de e com futuro, faz-se com uma disponibilidade e participação coerentes, sem preconceitos e interesses de circunstância, sob pena de o objectivo fundamental ser posto em causa.
Daí que deixemos, desde já e aqui, o convite ao Sr. Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha para que continue connosco esta luta, cujo fim não se vislumbra para já, em defesa da Linha do Oeste e da sua modernização.

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste