O imóvel, situado no centro histórico, integra a bolsa de imóveis do Estado no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social
O antigo Lar das Enfermeiras, situado no Largo Conselheiro José Filipe, nas Caldas, vai ser reabilitado e dará lugar a um edifício destinado à habitação jovem a custos acessíveis. Propriedade do Estado, o imóvel localizado no centro histórico, próximo da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo e do Museu do Hospital e das Caldas, integra o primeiro lote de 152 imóveis que foram disponibilizados através de uma bolsa de imóveis, para serem recuperados com a finalidade de arrendamento acessível.
O inventário foi feito pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que questionou o município sobre o interesse em ficar com o edifício e ali desenvolver um projeto. A intenção da Câmara é “preparar um projeto para habitação jovem naquele local, como forma de fortalecer e dar vida ao centro histórico”, explicou o vereador Hugo Oliveira à Gazeta das Caldas. A deliberação já foi tomada por unanimidade em reunião do executivo, seguindo-se o desenvolvimento do projeto de arquitetura e reabilitação do edifício, que possui uma área de construção de 576 metros quadrados, a par da regulamentação do uso para habitação jovem. A partir da transição do património do Estado para o município, a autarquia tem 36 meses para concretizar as obras, podendo candidatar-se a fundos comunitários.
O autarca recorda que tendo em conta a preocupação de fixar jovens na zona histórica, o gabinete de regeneração urbana já tinha preparado uma informação sobre esta hipótese do IHRU. A zona histórica tem o património muito envelhecido e os próprios proprietários não querem fazer obras ou estão condicionados na ação, tendo em conta que ainda não foi aprovado o plano de pormenor. Para além disso, os custos das rendas são altos, sobretudo para os jovens, salienta Hugo Oliveira.
No concelho há mais um imóvel, em Salir do Porto, a integrar a listagem do IHRU, mas a autarquia ainda não foi convidada a pronunciar-se sobre o interesse nesse edifício. No total, o Governo pretende criar uma bolsa com 18.660 imóveis atualmente devolutos e destinados a integrar o Programa de Arrendamento Acessível e dos quais, pelo menos 20%, deverão ser transferidos para as autarquias ou entregues a parcerias público-comunitárias.
A lista integra palácios, antigos conventos, moradias, terrenos, quintas, apartamentos e blocos de apartamentos, todos eles atualmente devolutos e que serão reabilitados e destinados ao arrendamento acessível. ■































