Empreitada de restruturação dos esporões do rio Alcoa consignada

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A empreitada de restruturação dos Esporões do rio Alcoa irá começar brevemente. A cerimónia do auto de consignação da obra decorreu na Câmara da Nazaré, com a empresa adjudicatória, Hydro Stone, e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Trata-se de um investimento a rondar os 2,8 milhões de euros e que tem como objetivo promover a proteção e conservação da linha de costa. A obra tem uma duração estimada de um ano.

Está prevista a reconstrução, reforço e avanço até ao comprimento original dos esporões existentes, com mantos de proteção reforçados, num comprimento de cerca de 60 metros, mas também a reabilitação e regularização dos trechos de enraizamento dos esporões (cerca de 75 metros) e retenções marginais (cerca de 100 metros), num comprimento total de aproximadamente 175 metros, assim como a dragagem dos sedimentos situados no canal.

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“Hoje é o inicio da empreitada de reabilitação dos esporões do rio Alcoa, uma obra há muito reclamada e aguardada”, disse o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, acrescentando que se trata de “uma necessidade, tanto mais que está em causa o assoreamento na embocadura do Alcoa e a inundação dos terrenos agrícolas”.

António Rodrigues, chefe da Divisão de Obras e Segurança da Câmara, explicou que para além da “importância para a proteção costeira, a obra que se inicia agora tem por objetivo a manutenção dos esporões da foz do rio Alcoa, dado que se trata de uma foz artificial pois o rio desaguava onde hoje é o Porto da Nazaré”.

“A grande vantagem desta reabilitação, que é estrutural, é manter a linha de costa estabilizada, evitar a meandrização do rio (quanto maior é, maior é a erosão a norte e a sul do paredão dunar), estabilizar toda a costa e, esperamos também, diminuir o assoreamento da barra junto aos molhes e as suas consequências para os terrenos agrícolas”, fez notar.

Em comunicado, a autarquia explicou que “a diminuição do comprimento dos esporões não tem permitido a fixação da embocadura da linha de água, originando o constante assoreamento da zona da foz do rio, o que provoca inundações a montante e prejuízos nos terrenos agrícolas”. Esta situação “obriga a constantes ações de dragagens, pretendendo-se, a longo prazo, reduzir a frequência dos assoreamentos na foz da linha de água e a consequente economia na execução de dragagens”.

O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, afirmou que “este auto é determinante, tal como o são os que se vão passar a seguir”. É que “desde há 7 anos que lutamos pela resolução da estabilização das arribas, parte da imagem da Nazaré e, por isso, determinantes para o futuro que queremos para esta terra”, continuou o autarca, acrescentando que o “Forte de S. Miguel Arcanjo é, também, uma matéria que iremos começar a tratar, tal como o funicular projetado para a Pederneira”.

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