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O partido tinha solicitado a presença em duas sessões de esclarecimento à população, mas que não terão ocorrido. Tirando as entrevistas e o debate, Patrícia Silva praticamente não foi vista
O CDS-PP surgiu como interveniente nas eleições autárquicas em Óbidos à última hora, apresentando apenas uma lista à Câmara Municipal. A cabeça de lista, a professora Patrícia Silva, concedeu entrevistas, participou no debate público organizado pela Gazeta e pela 91FM na Casa da Música, mas, sem grandes apoios visíveis, optou por desenhar uma campanha que se pode classificar como, no mínimo, bastante discreta.
Entre as sete candidaturas, o CDS-PP foi a que solicitou a presença em menos sessões de esclarecimento à população, tendo reservado duas datas: uma no passado sábado, no Grupo Desportivo de A-dos-Negros; e outra, no dia seguinte, na associação da Gracieira, precisamente a localidade onde reside a candidata. Contudo, não há relatos de que essas sessões se tenham, efetivamente, realizado.
A falta de apoio visível por parte do partido terá também desmotivado a candidata e os restantes elementos da lista, razão pela qual a campanha do CDS-PP em Óbidos foi, digamos, inexistente.
Para recuperar informações sobre a candidatura do CDS-PP à Câmara de Óbidos é preciso recuar até à entrevista que a candidata concedeu, há três semanas, e em que considerou que “seria importante um executivo sem maioria absoluta” no próximo mandato.
A dificuldade de penetração do partido no concelho tem origem em diversos fatores, mas era uma das prioridades de Patrícia Silva, que dizia ser necessário “recuperar o partido a nível local” e assumia que “esse é um trabalho que não se faz de um dia para o outro”. Nestas eleições, não se conhece uma estrutura de apoio à candidatura, o que pode ajudar a explicar um certo desaparecimento do CDS-PP em ações concretas de campanha. Ainda assim, caberá aos eleitores fazer a avaliação ao partido no próximo domingo. ■
“Queremos colaborar com as outras forças políticas e limpar, de certo modo, essa mancha branca nas últimas eleições”
Patrícia Silva (entrevista a 09/09)
