PS/CALDAS – PS defende unicidade do património e continuação do Hospital Termal no SNS

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O Partido Socialista das Caldas da Rainha reuniu a 11 de Setembro com a administração do Centro Hospitalar Oeste Norte, a convite do seu presidente, Carlos Sá, o qual pediu que fossem apresentadas propostas sobre o futuro do Hospital Termal.
No entanto, tendo em conta a saída da Portaria n.º 276/2012, de 12 de Setembro, em que é criado o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), colocando o actual Conselho de Administração desta Instituição Hospitalar em período de gestão corrente, até nova nomeação, “a tomada de decisões  estratégico/estruturais tão importantes como a saída do Hospital Termal do Ministério da Saúde  com consulta aos partidos é, no mínimo, extemporânea e sem nenhum efeito prático”, consideraram.
De qualquer forma, na sequência da reunião, o Partido Socialista considera importante reafirmar, um conjunto de “princípios orientadores” a ter em conta na solução encontrada para o futuro do Hospital Termal e seu património, nomeadamente “a manutenção dos cuidados de saúde prestados pelo Hospital Termal no quadro do Serviço Nacional de Saúde, compatibilizando essa mesma manutenção com a desejável diversificação dos serviços oferecidos de forma a garantir novamente a sua sustentabilidade”.
“É essencial a compreensão de que todo o Património Termal Caldense, associado ao Hospital Termal, tem não só como origem o legado da Rainha D. Leonor e sucessivas doações, mas também de que essas sucessivas doações obedeceram quase sempre a uma estratégia integradora para todo o Património Termal, articulando, ao longo do tempo, de um modo complementar e sinérgico as diferentes peças que compõem a actual Estância Termal das Caldas da Rainha”, refere um documento de trabalho do PS caldense.
“Os próprios Pavilhões foram pensados e executados como Hotel (um modelo termal que continua actual) para os termalistas, complementando as outras peças da estância das Caldas da Rainha. Aquele princípio que se tem transmitido, desde os antigos Provedores, é afinal uma mais-valia fundamental para a estratégia termal e concelhia. Essa unidade funcional significa que o eventual destino de cada uma das peças patrimoniais não deve ser pensado isoladamente, mas antes respeitando uma lógica que assentou numa agregação sucessiva de Património e não na sua desagregação”, salienta ainda o documento.
Reafirmam ainda que deve ser mantida “a unicidade e indivisibilidade (material e imaterial) do Património associado ao Hospital Termal” e que “é fundamental ter uma visão integrada de termalismo que se constitua como agente de desenvolvimento estratégico e regional”.

Encerramento e esvaziamento técnico do Hospital Termal

O Partido Socialista aproveitou ainda esta consulta aos Partidos políticos para, na resposta dada por escrito ao Dr. Carlos Sá lhe colocar algumas questões por escrito, nomeadamente “qual o prazo previsto para a reabertura do Hospital Termal, tendo em conta que continua sem tratamentos termais, afectando inúmeras pessoas e a economia local?”.
Tendo tido conhecimento que o pessoal técnico adstrito ao Serviço de Hidrologia do Hospital Termal foi deslocalizado para funções não compatíveis com a sua função, o Partido Socialista questiona “qual a intenção deste esvaziamento técnico e abandono das instalações e equipamentos, contrariando a dinâmica usual de outros encerramentos, isto é,  as normais manutenções  preventivas e correctivas?”.
Alertam ainda para o facto das massagens, que não utilizam água mineral natural se encontrarem interrompidas, questionando-se “qual o motivo dessa interrupção”.

Partido Socialista de Caldas da Rainha

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2 COMENTÁRIOS

  1. Independentemente de quaisquer ideologias politicas e na qualidade de promotor do abaixo assinado com Antonio Peralta, vimos por este meio demonstrar a nossa solidariedade para com o PS por todas as ideias que apresentou e defendeu relativamente ao Hospital Termal podendo contar com toda a nossa colaboracao ate por respeito ao legado da Rainha D. Leonor…

  2. O que o cidadão comum desconhece é que o Hospital Termal está contaminado com Legionella pneumophila, que se transmite através da água principalmente dos aerossóis e ar condicionado, provocando uma pneumonia muito grave quer aos doentes,quer aos trabalhadores. Se houvesse ASAE para hospitais as instalações deveriam ter encerrado há muito, sempre se teriam poupado sofrimento às vítimas e dinheiro ao CHON.