As férias estão à porta e é hora de balanço do trabalho do último ano, o que fizemos, o que esperávamos e desejávamos, bem como, o que concretizámos e alcançámos. As férias servem para retemperarmos as nossas forças e também são a altura certa, após aquele julgamento, para definir novas acções e objectivos.
No passado dia 11 de Julho, realizou-se na Assembleia da República o debate “Estado da Nação”: Como está o País depois do último ano de governação e o que vai ser no futuro? Sabemos que a austeridade vai continuar, que vamos continuar a cumprir com o programa de assistência financeira e que o grande desafio é o combate do desemprego! Sem dúvida, para todos o desemprego é um mal enorme, por todas as razões, mas sobretudo por que o trabalho é a melhor expressão da dignidade da pessoa.
O Governo e os Deputados à Assembleia da República devem saber que nós Portugueses não somos um povo devedor, incumpridor e irresponsável e, nessa medida, para além da necessidade absoluta de cumprir com as metas de redução da dívida e do défice públicos, devemos com determinação e criatividade ajudar para que a nossa economia e tecido empresarial se ajuste e se reestruture para que apareçamos junto do exterior como povo que produz com inovação e acrescenta valor. No passado dia 10 de Julho, foi com satisfação que ouvimos do Senhor Ministro da Economia que as exportações cresceram acima dos 3% e as importações caíram em 9%. Importante que este trajecto se mantenha sempre, pois por agora esses números garantem somente a manutenção do emprego e é preciso continuar para que os números do desemprego se invertam. Um último alerta é que uma economia competitiva não é uma economia subsidiada nem gera baixos salários.
Doravante, o papel activo e dinamizador que o Governo deve ter para que se crie uma economia portuguesa de pleno emprego, competitiva e exportadora deve passar pelas reformas na administração pública, nas autarquias, na justiça, na saúde, nos transportes, na agricultura, nas pescas, etc., que são urgentes, e também deve passar pelos seus agentes responsáveis – autarcas, administradores, directores gerais, chefias, etc..
Lanço o desafio que estas pessoas devem também fazer o seu balanço do “Estado da Nação” – o que fizeram e o que podem fazer! Ao lançar este repto, dirijo-me aos autarcas para que, com a possibilidade interventiva e imediata que têm ao seu dispor, podem também ajudar que os seus munícipes, pela sua iniciativa pessoal e particular, melhores resultados consigam obter, e não estar só em manifestações – que é positivo pois estão com a população – para uma boa fotografia ou reportagem. É preciso ser solidário com a população nas manifestações mas acima de tudo é necessário agir e não estar de forma passiva ou parcimoniosa, típica actuação dos autarcas dinossauros, que o nosso problema seja resolvido e combatido.
Luis Miguel Braz Gil
Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Caldas da Rainha

































