Em Fevereiro do ano de 2009 nascia o projecto do Movimento pelo Nadadouro, um projecto que tinha como objectivos principais, a elevação da forma de fazer política na freguesia do Nadadouro, uma freguesia de futuro e inclusiva e uma maior participação dos jovens na política local.
Todos os objectivos foram alcançados.
Apesar do anúncio de morte prematura, feito por muitos, volvidos quatro anos somos novamente candidatos e com força e ânimo redobrados, respeitando o que foi dito anteriormente, que este era um projecto para continuar.
Não nos movemos por opiniões partidárias nem por prognósticos oportunistas mas pela realidade das coisas e essa realidade mostra-nos que existe um povo e uma freguesia, necessitados de mudança.
O medo e os tiques senhoriais, próprios de regimes não democráticos, continuam bem presentes a nível local, promovidos por quem pretende a todo o custo manter o actual estado de coisas e os benefícios que daí retira.
A nossa resposta deve ser directa e inequívoca
Eu estou disposto a lutar e não tenho medo, o MPN está disposto a lutar e não tem medo.
As transformações sociais ocorreram no meio do medo e da pressão e o surgimento de candidaturas independentes, como transformação social que é, não está imune aos ataques e à pressão.
Se as injustiças, os ataques pessoais, a injúria, o sacrifício financeiro e o tratamento diferenciado forem o preço a pagar por uma freguesia melhor e de futuro, estou disposto a pagar o preço.
Não somos partidários com cor de independentes, somos mesmo independentes, mas isso só por si não faz de nós bons candidatos. Serão as acções, o carácter e as ideias que mostrarão aos eleitores que somos uma escolha acertada.
Apesar dos quase 56 anos de existência, e de todas as mudanças de que foi alvo, a nossa freguesia tem muito que mudar e melhorar.
Não nos podemos contentar apenas com o normal e não podemos dizer que somos os melhores apenas porque trouxemos electricidade para a freguesia ou melhorámos o saneamento.
Todas estas condições são elementares e básicas e com o dinheiro investido, mal seria se as mesmas não tivessem sido conseguidas.
Temos de ser audazes e querer mais, o Nadadouro tem que ser mais.
Apesar de não ser governo, a junta de freguesia é a entidade estadual mais próxima dos cidadãos e tem não só o dever como a obrigação de promover a criação de condições para uma melhoria do bem estar desses mesmos cidadãos
Temos de criar as condições para que os jovens fiquem na freguesia e aqui permaneçam, sem necessidade de procurar emprego e melhores condições de vida noutro lugar.
Não nos podemos centrar apenas na construção de edifícios ou grandes obras, sem olhar para o seu custo – beneficio.
As melhores obras são as pequenas obras, como a reparação de um sinal ou a limpeza de um caminho, e as obras inovadoras, que se fazem com pouco dinheiro.
Aliás, se existe algo de positivo nesta crise, é o facto de sermos obrigados a fazer melhor com menos, de sermos obrigados a inovar.
Devemos olhar para os mais idosos da nossa freguesia com respeito e carinho, fazendo tudo para que tenham uma vida condigna, mas igualmente como fonte de aprendizagem para os mais novos, promovendo a integração e interacção das várias gerações.
Não devemos igualmente descurar as nossas raízes e tradições, apoiando as colectividades e instituições do Nadadouro e incentivando o seu crescimento e entreajuda.
O Nadadouro é uma freguesia com grande potencial, em especial ao nível do turismo.
Não podemos no entanto continuar a ser um dormitório mas um local de investimento e de produção de receitas.
A Lagoa de Óbidos, um recurso natural inigualável, deve ser tratada e intervencionada, de forma urgente, assim como as suas margens. Não devemos continuar a cometer os mesmos erros do passado, que custam tempo e dinheiro, nem devemos continuar a apostar nas mesmas promessas que nos trouxeram até aqui.
A Lagoa deve ser vista como recurso natural, que deve ser preservado, mas também como potencial de turismo e de crescimento económico sustentado, haja a necessária vontade para tal.
Temos potencial para sermos mais, mas é necessário em primeiro lugar acreditar e ter a capacidade necessária para inovar.
Nadadouro, 3 de Agosto de 2013
João Martinho

































