Rogério Caiado (1931-2012)

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Rogério Caiado fotografado em 2005 na redacção da Gazeta das Caldas

Repentinamente faleceu na sua residência na passada sexta-feira, o caldense Rogério Caiado, de 81 anos. Apesar de nos últimos meses ter sido atingido por vários problemas de saúde, nos tempos mais recentes havia retomado a sua vida normal.
Filho do industrial caldense Francisco Caiado, que se havia lançado inicialmente no ramo da torrefacção e mercearias, e depois na confeitaria nos anos 40, junta-se ao pai nos anos 50, abandonando os estudos no Colégio Moderno, em Lisboa.
“Mais tarde voltará à Universidade, licenciando-se em História na Universidade Clássica de Lisboa. Faria ainda estudos complementares ligados à sua actividade empresarial na Universidade de Navarra (Espanha).
Enquanto empresário, visita várias fábricas e empresas de equipamentos fabris no estrangeiro para conhecer novas ideias de produção, que reverteram na criação de um complexo industrial no centro das Caldas, a que se seguiria uma nova unidade na estrada de Tornada, especialmente dedicada à transformação do tomate, mas também para a produção de sumos de fruta e legumes embalados.
Como é referido pelo historiador João Serra, “A guerra em África representou outra grande oportunidade de negócio para a FRAMI: as rações de combate. A produção obedecia a regras de controlo de qualidade exigentes e por isso teve de se dotar de um laboratório. A empresa tinha de garantir não apenas os produtos, como a resistência das embalagens, a testar sob elevadas temperaturas e ambientes de alto teor de humidade.”
Com o fim da guerra colonial e com a abertura dos mercados, a sua empresa não conseguiu subsistir às várias crises por que passou, tendo encerrado nos anos 90.
Rogério Caiado, para além das suas funções empresariais, desempenhou vários cargos associativos, entre os quais o de vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa durante vários mandatos.
O funeral para o cemitério de Nª Sª do Pópulo foi na tarde de sábado, tendo sido acompanhado à última morada por muitos amigos e caldenses.
À família enlutada Gazeta das Caldas apresenta as sentidas condolências.

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