Lista A – 100 Anos com Futuro, Continuidade, Rigor e Ambição

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CarlosVasques1A lista A, denominada 100 Anos com Futuro, Continuidade, Rigor e Ambição, é liderada por Carlos Vasques. Empresário de 49 anos natural do Bombarral, Carlos Vasques reside actualmente na Serra dos Mangues, São Martinho do Porto, e é empresário no ramo da construção civil. A ligação com o Caldas Sport Clube começou quando o filho, Jeffrey Vasques, chegou ao clube nos escalões de formação. Desde então foi director em vários escalões do futebol juvenil. Chegou à direcção do Caldas SC há cerca de um ano, como um dos vice-presidentes, com a pasta da publicidade. Acabou por tomar também por integrar o Departamento de Futebol Sénior. Nesta entrevista, foi acompanhado pelo candidato a Adjunto do presidente, Jorge Reis.

A vossa lista tem pessoas que já estavam na direcção anterior e outras novas. Quem são essas pessoas?
Essa experiência na última lista inicialmente tendo 11 elementos e acabou com 9, o que é manifestamente pouco para o trabalho que é preciso fazer no Caldas. O número de 15 elementos parece-nos o mais indicado. Os que transitam é pela disponibilidade que têm e pelas provas dadas ao serviço do Caldas.
Quanto aos outros elementos. Pessoas como o Madruga, o Carreira, o Vítor Coito já trabalharam muitos anos no futebol juvenil. O Michel também trabalhou esta época com os juniores. O Nuno Ferreira tem uma enorme ligação com o Caldas, como jogador, técnico e director. O Diogo foi director do futsal esta época. O Hugo também tem colaborado muito com o clube, foi ele que fez o projecto de requalificação do Campo da Mata que apresentámos há dois anos. E o Luís Capão, cuja esposa é directora no futebol juvenil, tem acompanhado o clube. Depois temos dois elementos novos no clube. O Carlos Tomé será responsável pela área jurídica, era uma carência que tínhamos. E o Lúcio Rocha, que é director de uma grande empresa das Caldas, com experiência na área da publicidade e marketing, vai dar uma grande ajuda nessa vertente.
Vamos também apresentar uma lista à Assembleia-geral que é composta por quatro ex-atletas do Caldas. Pretendemos com isto transmitir aos associados que o Caldas quer revitalizar as relações com os ex-praticantes e com toda a gente que gosta do Caldas, puxar a cidade para junto do Caldas.

A receita é actualmente um dos problemas do clube. O que têm preparado para fazer face a este problema?
Dada a conjuntura do país, as dificuldades são cada vez mais em obter patrocínios e donativos. Quem ajuda o Caldas quer algo em troca e é nas parcerias que vamos apostar. Entrando também já noutro aspecto que é a angariação de associados, pretendemos que as empresas tenham alguma visibilidade e também algum retorno do que nos ajudarem. Assim como os associados, que também terão que ter algum retorno daquilo que pagam. Será neste tipo de parcerias que vamos apostar e já temos algumas pré-estabelecidas. Vamos procurar novos associados e patrocinadores também. Muitos dos patrocinadores angariados este ano foram-no mais porque quem angariava conhecia estas pessoas, e não foi tanto no sentido de terem uma publicidade no Campo da Mata, foi no sentido de dar uma ajuda. Temos a garantia que, se continuarmos, esses apoios continuam, mas a conjuntura está difícil para angariar novos patrocínios.
O ponto fundamental é que está muito complicado motivar as empresas a fazerem publicidade. O que conseguimos esta época foi num trabalho feito, bem ou mal, de porta em porta e isso vamos continuar a fazer, porque as empresas não nos vão bater à porta. Nós não temos medo nem vergonha de fazer esse trabalho a favor do clube.
Teríamos todo o gosto em ter um grande patrocinador, se possível até para o naming do Campo da Mata ou das bancadas, mas temos que estar conscientes que dificilmente o Caldas arranjará um magnata. Talvez na I Liga isso se conseguisse, ou na II Liga, não a este nível.

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A equipa sénior, o treinador já teve oportunidade de dizer que havendo vitória da vossa lista há um princípio de entendimento para continuar. É esse o caminho?
Não houve nenhuma contratação, não faria sentido havendo eleições, mas claro que o trabalho está feito, não deixámos para depois das eleições. Dissemos aos atletas que queremos falar com todos para esperarem até ao dia 31. Caso sejamos eleitos vamos expor-lhes as nossas ideias. E com o treinador a mesma coisa. Há intenção de se chegar a um acordo, mas não há nada assinado. Queremos fazer uma equipa forte, para tentar lutar pelos primeiros lugares e entrar na fase de subida.
Este foi um ano de consolidação, com todas as vicissitudes que houve e também a inexperiência que tínhamos, foi com frontalidade, com respeito entre todas as partes, técnicos, departamento médico, jogadores e dirigentes que conseguimos levar o barco a bom porto. É com base neste respeito e frontalidade que iremos abraçar um novo projecto que será ambicioso, com o respectivo rigor orçamental. Sendo que todo esse projecto será, se vencermos, preparado pela nossa direcção.

Têm números para o orçamento da equipa sénior?
As receitas e as despesas estão perfeitamente identificadas. Sabemos que temos que trabalhar muito, mas temos que criar sinergias para reduzir despesas e aumentar receitas. Mas isso não se traduzirá num aumento do orçamento para o futebol sénior.

O plantel, será baseado no actual?
Será um plantel baseado no que tem sido tradição no Caldas nos últimos anos, com atletas oriundos da formação, numa conjugação de ideias entre o departamento de futebol sénior e a equipa técnica.

Para o futebol juvenil. Foi atingido um patamar histórico, é importante continuar com esses três escalões nos nacionais?
Talvez, mais importante que a subida foi o reconhecimento feito pela Federação Portuguesa de Futebol, pela primeira vez, representou o futebol português no grupo de estudo da Uefa, em Israel. Isto é o espelho do que tem sido feito de há uns anos a esta parte o futebol de formação do Caldas. Claro que há coisas a melhorar. Temos alguns aspectos organizacionais identificados para melhorar. Queremos uma maior interacção entre os vários departamentos. O futebol juvenil será sempre a essência de toda a estratégia do clube.
O Caldas só conseguirá crescer se for um só. Do nosso projecto consta que a Comissão de futebol será constituída por um misto de pessoas do futebol juvenil e do futebol sénior. Será nesta mescla de pessoas que o clube se irá desenvolver desportivamente. O futebol juvenil foi nos últimos tempos, e será nos próximos, a base do futebol sénior. Lembro-me que no primeiro mandato do Vítor Marques o futebol juvenil foi muito bem gerido, porque haviam diversos elementos da direcção que constituíam o futebol juvenil e o trabalho era feito em proximidade, as coisas fluíam.
Queremos manter todas as equipas nos campeonatos nacionais e valorizar os atletas das equipas B. Como? Queremos que as equipas A e B de cada escalão trabalhem juntas e que haja um melhor aproveitamento de cada atleta. Se temos um jogador de uma equipa A que não é utilizado com muita regularidade, porque não permitir-lhe que jogue na equipa B, dando ritmo de jogo e permitindo-lhe melhorar as suas capacidades. E também se um atleta da equipa B tem uma evolução e um rendimento que lhe permite chegar à equipa A, porque não permiti-lo. A ideia é que as equipas utilizem os mesmos tempos de treino e que haja um treinador a fazer esta gestão dos recursos.
Também queremos criar protocolos com as escolas das Caldas mas também com outras da região para criar uma relação de interactividade. Seja com a ida de técnicos nossos ou jogadores da equipa sénior, de forma a captar atletas dessas escolas que tenham potencialidades e que, por uma ou outra razão, não chegaram ainda à família do Caldas.
Também vamos fazer uma alteração na coordenação do futebol juvenil, dado o número de equipas que o clube tem. O futebol de 7 e de 5 terão um coordenador, o futebol de 11 terá outro coordenador.
No futebol feminino, será objectivo desta lista criar todas as condições para termos uma equipa de futebol de 11.

O vosso programa fala da criação de um departamento de scouting. Como vai funcionar?
Teremos uma ou duas pessoas que estarão envolvidas na observação de jogadores, quer para a equipa sénior, quer para as camadas jovens. Fazer uma prospecção junto das equipas da região, para saber onde há potencial para reforçar as equipas do clube. Apesar de não haver um departamento, esse trabalho já foi feito esta época e podemos dizer que estão identificados alguns elementos que poderão ser mais-valias para a equipa sénior da próxima época.

Houve um grande incremento ao número de atletas nos últimos anos. Surge problema que é falta de campos. Qual é a vossa estratégia em relação aos espaços desportivos?
Queremos manter a quantidade de atletas. A falta de espaços é um problema. Já reunimos com algumas associações da região – nunca estaremos de costas voltadas para nenhuma, porque só poderemos todos crescer se formos todos pró-activos. Essas associações revelaram abertura, mas isto tem custos, que estão analisados e trabalhados de forma a podermos minimizá-los. Temos garantia que não haverá novos sintéticos para a nova época.

No futsal o Caldas desceu aos distritais. Qual é a estratégia para a modalidade?
Já se perspectivava que a descida pudesse acontecer, dadas as condicionantes que existiam na própria competição e também no Caldas, em termos de orçamento. Connosco o Caldas participará no Campeonato Distrital com o objectivo de ganhar. Temos para a direcção um elemento para o futsal, o Diogo Marques, que já fez um trabalho extraordinário esta época com o Ricardo Lucas. O Ricardo, que foi uma peça fundamental no futsal do Caldas, não integra a nossa lista para a direcção por questões pessoais, mas garantiu que dará apoio no que for preciso. Será um projecto ambicioso, mas com os pés bem assentes na terra. Será constituída por elementos que já passaram no Caldas, quer no futebol de 11, quer no futsal. Queremos também criar mais algum escalão de formação durante o mandato e reforçar a estrutura dos juniores, para poder, no futuro, alimentar a equipa sénior. E também pretendemos durante o mandato criar uma equipa de futsal feminino.

Em termos de comunicação, têm prevista a criação de um canal de televisão para o Caldas.
São medidas que vêm entroncar na angariação de patrocinadores e associados. Temos uma parceria estabelecida – será concretizada logo após as eleições se formos eleitos -, para criar um canal de televisão na plataforma, o Caldas Sport Tv, que irá divulgar conteúdos do clube, os patrocinadores e será também uma forma dos associados estarem mais próximos do próprio clube. Divulgaremos mais pormenores caso sejamos eleitos.

A sede é um dos problemas do Caldas. Têm projectos neste âmbito?
Queremos uma sede que nos permita maior convívio entre os associados, criar fonte de receita e que seja, acima de tudo, a casa do clube. Já temos uma parceria estabelecida, com a garantia de que teremos essa sede brevemente se esta lista for eleita.

No vosso programa referem a participação do clube em vários eventos. É importante a presença do clube nesses eventos?
Sim, participar nesses eventos é importante tanto porque geram receitas importantes para que haja equilíbrio orçamental, quer pela visibilidade que dão ao clube. Vamos participar nas Tasquinhas e em todos os eventos que nos permitam estar presentes, como aconteceu agora no Festival Oeste Lusitano, que para além da visibilidade que deu ao clube, foi uma excelente fonte de receita. Estivemos na noite de 14 de Maio, tentámos estar no Caldas Late Night. Queremos estar no Carnaval.

O Caldas atinge o centenário no próximo mandato. O que está preparado para os festejos?
Há um elemento da nossa lista, o actual presidente Vítor Marques, que tem como missão preparar e organizar a celebração do centenário. Ele vai propor junto da direcção elementos para uma comissão que irá organizar esses festejos. Temos algumas ideias que vamos apresentar a essa comissão. Estamos a trabalhar.

O Vítor Marques é um trunfo na vossa lista?
Sim, é. Pelas suas características como pessoa, pelo trabalho que desenvolveu, pela dinâmica que põe em tudo o que faz, pelas ideias que tem. É uma pessoa a quem o Caldas muito deve. Pegou no clube numa altura em que a situação financeira e a própria imagem junto da comunidade era negativa. Alguns sócios até colocaram em cima da mesa acabar com o clube e começar com um novo nome. Em boa hora o Vítor pegou no clube, porque seria esse o caminho e nós estamos cá para que não volte a acontecer.

Uma última mensagem aos sócios para o dia das eleições?
O Caldas estará sempre acima de tudo e de todos, é grande demais para viver momentos de quezília e tem sido durante esta época mal tratado. E não merece. É um clube quase centenário, merece ser tratado com respeito e a diferença de opiniões deve estar sujeita a esse respeito. Fazemos um apelo para que haja esse respeito.
Independentemente da lista em quem pensam votar, compareçam, porque quantos mais forem, maior será a legitimidade da direcção e só quem ganha com isso é o Caldas. O que prometemos é que vamos trabalhar em prol do Caldas, sabendo que vai ser um trabalho árduo, mantendo as finanças equilibradas, servir o Caldas, nunca ser servido do Caldas. Caldas SC, 100 anos com continuidade, rigor e ambição.

Lista A – 100 Anos com Futuro, Continuidade, Rigor e Ambição

Direcção
Presidente: Carlos Vasques
Adjunto do presidente: Jorge Reis
Vice-presidente – Área Financeira: José Madruga
Vice-presidente – Área Administrativa: Luís Capão
Vice-presidente – Área Jurídica: Carlos Tomé
Vice-presidente – Relações Exteriores, Marketing e Publicidade: Lúcio Rocha
Vice-presidente – Instalações, Equipamentos e Transportes: Henrique Susano
Vice-presidente – Departamento de Futebol Sénior: Nuno Ferreira
Vice-presidente – Departamento de Futebol Juvenil: José Carreira
Vice-presidente – Departamento de Futsal: Diogo Marques
Vice-presidentes – Comissão para o Desenvolvimento Social, Desportivo e Eventos: Miguel Magalhães, Hugo Feliciano e Vítor Coito
Vice-presidente – Departamento Logística e Multifunções: Raimundo Santos
Vice-presidente – Comissão do Centenário: Vítor Marques

Mesa da Assembleia-geral
Presidente: Vasco Oliveira
Vice-presidente: Custódio Sousa
Secretário: António Sá Quintas
Suplente: Carlos Coito

 

Leia a entrevista com a Lista B aqui: staging.gazetadascaldas.pt/40752/lista-b-caldas-sc-a-caminho-do-centenario/

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